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JOVENS, VELHAS, SENHORAS – IDADE NÃO É PÁREO.

JOVENS, VELHAS, SENHORAS – IDADE NÃO É PÁREO.

                            Efeitos do Etarismo no Cinema Brasileiro.

Por Vanessa Cançado.

JOVENS, VELHAS, SENHORAS – IDADE NÃO É PÁREO.

– Vai Som, Vai Câmera. Ação!

Olá Amoras (es), sabe que depois dos 50 tenho pensado muito e avaliado
ao meu redor. Não que antes não fizesse, pelo contrário, nunca fui alheia ao
outro, principalmente em pautas sobre nós mulheres. Nós mulheres por si só
enfrentamos inúmeras desigualdades de gênero, se unirmos a raça, identidade de gênero e orientação sexual então, triplica. Se somarmos a isso a idade, pode ser devastador. Já pararam para refletir sobre o tempo?

Mas quem determina qual idade ideal para ser produtiva? E existe idade ideal? Não deveria ser o talento, o profissionalismo e a trajetória a ditar escolhas? E por que isso atinge mais a nós mulheres?

Infelizmente o mercado do cinema brasileiro e do audiovisual não pensam dessa forma e o pré(-)conceito tem gênero certo, afeta absurdamente as mulheres acima dos 50. Como se perdêssemos o prazo de validade. Há uma perversidade chamada etarismo, uma sombra que atravessa nós mulheres e isso as telas refletem, com composição de personagens ainda muito
sub-representadas, reflexo da baixa estatística de representatividade feminina
nos bastidores das produções do cinema brasileiro.

JOVENS, VELHAS, SENHORAS – IDADE NÃO É PÁREO.
Imagem de Bruce Emmerling para Pixabay

Somos um país que está envelhecendo rápido e onde mais de 50% da população já passou dos 35 anos e nos filmes as personagens para mulheres maduras vem recheadas de estereótipos e são colocadas diante de protagonistas jovens mais interessantes no desenvolvimento das narrativas.

Há uma escassez, nos últimos tempos, de personagens interessantes do gênero feminino no protagonismo das narrativas e das equipes, que em sua maioria privilegia homens, sem o menor pudor da desigualdade de gênero. Vivemos num país com mais da metade da população de mulheres e onde a longevidade tem protagonismo feminino, isso explica a perseguição etarista
ser mais certeira nas mulheres, seja pelo machismo dominante, seja na competitividade entre mulheres, imposta há séculos nos papéis socioculturais, como se a mulher, envelhecer, fosse um crime, ou uma espécie de castigo por vivermos mais que os homens.

Nas telas ou por detrás delas, é urgente trazer para a discussão o etarismo, não podemos permitir que nos ceifem a vida no auge da criatividade e da produtividade. É preciso equidade nos múltiplos aspectos nos sets de filmagens e na frente da grande tela. Como tem sido no cotidiano de vocês, vocês sentem essas diferenças? É comum vermos no cinema, no audiovisual, equipes cada vez mais jovens, sem equilíbrio emocional, exalando imaturidade, e o mesmo ocorre em salas de roteiros. Uma pena, espero que isso mude porque idade não é e nunca foi páreo.

Até a próxima cena!

Abraço Afetuoso,
Vanessa.

CINE RECORTE

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Cine-Recorte: Hoje minha dica é o mais novo documentário da diretora
Susanna Lira sobre a genial escritora Fernanda Young
“Fernanda Young – Foge-me ao Controle”
Se puderem, se passar na cidade de vocês, assistam.
Vale a pena!

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