Fora do Eixo: As Cineastas Brasilienses.
Por Vanessa Cançado.
– Vai Som, Vai Câmera. Ação!
Amoras (es), em dezembro tivemos o famoso Festival de Cinema de Brasília e abro o novo ano com mais uma edição da série fora do eixo, destacando algumas mulheres de cinema da capital do país.
Começando por ALICE LANARI – Roteirista, diretora e produtora, realizou o curta documental “Escuta Gajon”(2009) como parte de sua pesquisa de mestrado, assinando também a produção. Seu primeiro longa-metragem foi “América Armada”(2018), um documentário que faz uma análise crítica à política de “guerra às drogas”, sedimentada e consolidada em várias regiões da América Latina. Sua filmografia tem ainda o longa documentário “Nunca Mais Serei a Mesma”(2021) que assina a direção e roteiro; “MO.CH.I.LLA (Modo de Chegar e Investigar Lugares e Amigos)”(2023), uma série documental que assina a direção; “Democracia em Vertigem”(2020) de Petra Costa que foi indicado ao Oscar de melhor documentário e que assina a produção associada.
DÁCIA IBIAPINA, é uma cineasta piauiense, radicada em Brasília. Fez especialização em Cinema pela Escola Internacional de Cinema de Cuba. Seu primeiro longa “Entorno da Beleza”(2012) foi premiado na Mostra de Cinema de Tiradentes. Tem em sua filmografia: “O Pagode de Amarante”(1984); “Cinema Engenho”(2007); “O Gigante Nunca Dorme”(2013); “Ressurgentes: Um Filme de Ação Direta”(2014); “Carneiro de Ouro”(2017) e “Cadê Edson?”(2020). Três dos filmes citados podem ser vistos gratuitamente pela plataforma Embaúba Play.
DANIELA DINIZ é Diretora, roteirista e produtora executiva. Tem na filmografia: “E Quem é o Pai?”(2013); dirigiu a web série documental “Gente Que Sonha – Utopias Negras”(2020) para o Instituto Afrolatinas; “Rodas de Gigantes”(2023) que foi vencedor do troféu Câmara Legislativa no ano passado, dentro da Mostra Brasília pertencente ao Festival Internacional de Cinema.
ERIKA BAUER- Diretora, roteirista, curadora, professora e coordenadora do Departamento do Curso de Comunicação Organizacional da UNB. Sua filmografia tem “Bela Estranha”(1994), curta premiado pelo Festival Internacional de Cinema de Brasília e pelo Festival de Cinema do Ceará em 1996. Ainda “Bom Dia Senhoras”(1998); “Dom Helder Câmara – O Santo Rebelde”(2004); “E A Terra Se Fez Verbo”(2011); “Flor do Moinho”(2017).
FLORA EGÉCIA- Diretora, roteirista, diretora de arte, designer e fotógrafa. Sua filmografia: “In Espaço”(2013); “Das Raízes às Pontas”(2015); assinou a direção de arte em “O Menino Leso e a Menina Coruja”(2017); assina a fotografia de “Transe”(2016) e a direção em “Me Farei Ouvir”(2022).
RAQUEL PIANTINO é Diretora de animação e ilustradora. Se dedica à criação de animações 2D para diversos segmentos. Na filmografia tem: “Duplo”(2014); “Claudia e o Crocodilo”(2019); “Brasília 60 +60 do Sonho ao Futuro”(2020).
RENATA DINIZ é Roteirista e diretora, tem na filmografia: “Relíquia”(2013) que recebeu mais de 10 premiações; “O Véu de Amani”(2019) que foi vencedor do kikito no Festival de Cinema de Gramado; a série “As Crias de Lucinda”(2019) pela TV Brasil; roteirizou “Almanaque Saúde” e “Futura Profissão” programas pelo canal Futura; roteirizou o longa-metragem “Rodante”(2022) que foi selecionado pelo Laboratório BRLAB+Sebrae.
E muitas outras mulheres de cinema constam nesse celeiro criativo de Brasília e merecem destaque: ANA ARRUDA; BARBARA BERGAMASCHI NOVAES; BIANCA NOVAES; BRUNA CAROLLI; CARINA BINI; CAROL MATIAS; CRISTIANE BERNARDES; CIBELE AMARAL; DANIELA CRONEMBERGER; EDILEUZA PENHA DE SOUZA (que já foi citada em outros artigos); ESTER MACEDO LIRA; IZABELA BRETTAS; JOSIANE DINIZ; JULIA LIBÂNIO; JULIANA CORSO; LETÍCIA CASTANHERA MACHADO; NATHALYA BRUM; PATRÍCIA CALMANERO; RAISSA ABREU VILELA; RAFAELA CAMILA; SUELLEN BATISTA; TALITA CARVALHO.
Aqui não consigo descrever a trajetória de cada uma, mas vale pesquisar sobre suas produções.
Até a próxima cena!
Abraço Afetuoso,
Vanessa.
Cine-Recorte: Hoje quero destacar três filmes que estiveram na Mostra Brasilia – Troféu Câmara Legislativa, que estiveram no último Festival de Brasilia em dezembro/2024 e que são representados por mulheres:
“A CÂMARA”(2023) de CRISTIANE BERNARDES em parceria com Tiago de Aragão, um longa documentário que aborda temas como direitos reprodutivos, educação, estado laico, racismo e polarização. Na Ficha técnica encontram-se outras mulheres de cinema como: ANA RABÊLO na Produção Executiva; as diretoras de produção CAMILLA SHINODA e LARISSA DO NASCIMENTO; CAROL MATIAS (Direção de Fotografia); ANA LEUZA MENEZES (Assistente de Câmera); OLIVIA HERNANDEZ FERNANDEZ (Som direto); MARISA MENDONÇA (Montagem) e IVA VIANA COSTA (Assistente de montagem).
“ONA” de CLARA MARIA e MAVI AFROINDIE que narra a jornada de Lara, uma jovem negra criada por sua mãe no Recanto das Emas/DF, enquanto busca respostas para suas questões existenciais através da ancestralidade.
“KWAT E JAÍ – OS BEBÊS HERÓIS DO XINGU”(2023) de CLARICE MARTINS CARDELL, uma animação em que os gêmeos Sol e Lua vivem uma jornada em busca de sua mãe que foi engolida por uma Sucuri. Uma livre leitura que passeia pela cosmogonia do povo Kamayurá.
*Referência das fotos das cineastas:
Alice Lanari – Reprodução via Linkedin
Dácia Ibiapina – Reprodução via Embaúba Play
Daniela Diniz – Reprodução via BRLAB
Erika Bauer – Reprodução via site UNB
Flora Egédia – Reprodução via Linkedin
Raquel Piantino – Reprodução via Linkedin
