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ENTRE AS CÂMERAS, AS MULHERES DE CINEMA.

As mulheres por trás dos filmes que chegam às salas de cinema brasileiras em maio.

Por Vanessa Cançado.

 

– Vai Som, Vai Câmera. Ação!

Amoras (es), tem estreia, tem pipoca, tem mulheres de cinema e seus filmes em cartaz nos cinemas brasileiros. Vamos conhecer os quatro filmes em destaque e um pouco mais sobre essas mulheres, começando por um filme que tive prazer de assistir no Festival Do Rio do ano passado e que tem duas mulheres que admiro.

 

Lispectorante” – O Fantástico e o Terror Inspirado em Clarice Lispector.

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Foto: Reprodução/Divulgação

O filme de RENATA PINHEIRO acompanha a protagonista, Glória Hartman, uma artista plástica que descobre uma fenda nas ruínas da casa de Clarice Lispector, através da qual começa a presenciar cenas fantásticas que a fazem mergulhar em reflexões. Para dar vida a essa personagem, a sensacional MARCÉLIA CARTAXO. Além de explorar o universo de Lispector, também aborda questões, como a crise existencial e o abandono.

 

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RENATA é uma cineasta pernambucana que transita em várias funções no audiovisual. Diretora, diretora de arte e artista plástica, desenvolveu trabalhos multimídias, que inclui cenários para shows, ilustrações para encartes de CD e direção artística de videoclipes. Estreou no cinema em 1999, com a direção de arte do curta-metragem “Texas hotel”, de Claudio Assis. Sua filmografia como Diretora: “Carro Rei”(2021); “Açúcar”(2017); “Amor, Plástico e Barulho”(2013); “Estradeiros”(2012), que recebeu o prêmio da critica no Festival de PE daquele ano; “Praça Walt Disney”(2011); “Superbarroco”(2009), selecionado na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Como diretora de arte assina sensacionais filmes: “Amarelo Manga”(2002); “Baixio das Bestas”(2007); “Febre do Rato”(2011), ganhando prêmio de melhor direção de arte no Festival de Paulínia no mesmo ano, todos filmes de Cláudio Assis. Também na arte dos filmes: “Zama”(2017); “Deserto”(2016) de Guilherme Weber; “Tatuagem”(2013) de Hilton Lacerda; “Estamos Juntos”(2011) de Tony Venturi; a comédia “De Pernas Pro Ar”(2010) de Roberto Santucci; “Historias de Amor Duram Apenas 90 Minutos”(2009) de Paulo Halm; “Hotel Atlântico”(2009) da cineasta SUZANA AMARAL; “A Festa da Menina Morta”(2009) de Matheus Nachtergaele; “Feliz Natal”(2008) de Selton Mello; “Arido Movie”(2006) de Lírio Ferreira.

 

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Foto Cena Filme: Reprodução/Divulgação

MARCÉLIA é uma atriz que muito inspira e nos dá orgulho. Com 40 anos de carreira no cinema, surgiu em 1985 estrelando o filme “A Hora da Estrela” de Suzana Amaral, eternizando Macabéia. Já foi Maria, Dona Graça, Pacarrete, Bia, Dona Céu, Laurita. Muitas personagens marcantes. Marcélia é uma gigante sensível. Sua Filmografia: “A Mãe”(2022) de Cristiano Burlan; “Helen”(2020) de André Meirelles Collazzo; “Acqua Movie”(2019) de Lírio Ferreira; o sensacional “Pacarrete”(2019) de Allan Deberton; “Ambiente Familiar”(2019) de Torquato Joel; “Nova Amsterdam”(2016) de Edson Soares do Nascimento; “Big Jato”(2015) de Cláudio Assis; “A Historia da Eternidade”(2014) de Camilo Cavalcante; “O Céu de Suely”(2006) de Karim Aïnouz; “Batismo de Sangue”(2006) de Helvécio Ratton; “Quanto Vale ou É Por Quilo?”(2003) de Sérgio Bianchi; “Madame Satã”(2002) de Karim Aïnouz; “For all – O Trampolim da Vitória”(1998) de Luiz Carlos Lacerda e Buza Ferraz; “Policarpo Quaresma, Herói do Brasil”(1998) de Paulo Thiago; “Césio 137 – O Pesadelo de Goiânia”(1990) de Roberto Pires; “Fronteira das Almas”(1987) de Hermano Penna.

Ritas”-  Nos Arquivos da Rainha do Rock Brasileiro.

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Foto: Reprodução/Acervo Globo Filmes

O filme entra no inédito arquivo pessoal da trajetória vivida por Rita Lee. Dando aos fãs a oportunidade de mergulhar na intimidade dela, o longa além de mostrar as referências intelectuais usadas no processo criativo do vasto repertório musical apresentado por ela em sua carreira, também traz depoimentos recentes. Narrado pela própria Rita Lee através de relatos concedidos em entrevistas ao longo de sua carreira, a musa mostra aspectos da sua vida jamais mostrados ao público.

O filme de Oswaldo Santana e KAREN HARLEY estreia em 22 de maio nos cinemas depois de uma carreira em festivais. O documentário tem produção da Biônica Filmes e coprodução da Globo Filmes. A Fotografia é assinada por JANICE D’AVILA.

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KAREN é diretora e montadora. Já mencionei ela em outros momentos na coluna. Tem em sua filmografia: a direção de “Lixo Extraordinário”(2010). Como montadora “Os Enforcados”(2024) de Fernando Coimbra; “Retrato de Um Certo Oriente”(2024) de Marcelo Gomes; “O Clube das Mulheres de Negócios” de ANNA MUYLAERT; ”Estou Me Guardando para Quando o Carnaval Chegar”(2019) de Marcelo Gomes; “Greta”(2019) de Armando Praça; “Raiva”(2018) de Sergio Tréfaut; “Hilda Hilst Pede Contato”(2018) de GABRIELA GREEB; “Zama”(2017) de LUCRECIA MARTEL; “Vergel”(2017) de KRIS NIKLISON; “Arvores Vermelhas”(2017) de MARINA WILLER; “O Escaravelho do Diabo”(2016) de Carlo Milani; “Que Horas Ela Volta?”(2015) de ANNA MUYLAERT; “Big Jato”(2015) de Claudio Assis; “Os Amigos”(2013), de LINA CHAMIE, vencedora do Prêmio de melhor montagem no Festival de Gramado do mesmo ano; “A Coleção Invisível”(2012) de Bernard Attal; “Febre do Rato”(2011) de Claudio Assis, que ganhou o Prêmio de melhor montagem no Festival de Paulínia 2011; “Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo”(2009) de Karim Ainouz e Marcelo Gomes; “A Festa da Menina Morta”(2008) de Matheus Nachtergaele; “O Baixio das Bestas”(2007) de Cláudio Assis; “Cinema, Aspirinas e Urubus”(2005) de Marcelo Gomes; “Honey Baby”(2003) de Mika Kaurismaki; “Janela da Alma”(2002) de João Jardim e Walter Carvalho; “Tieta do Agreste”(1995) de Cacá Diegues; “O Quatrilho”(1995) de Fábio Barreto.

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JANICE D’ÁVILA é diretora de fotografia, tem em sua filmografia: “A Vitima Invisível: O Caso Eliza Samudio”(2024) de JULIANA ANTUNES; “João de Deus – A Queda de Abadiânia”(2023); “Êxtase”(2020) de MOARA PASSONI; “Mulheres na Luta”(2018); “Nunca Me Sonharam”(2017) de Cacau Rhoden; “O Começo da Vida”(2016) de ESTELA RENNER; “Tarja Branca – A Revolução Que Faltava”(2013) de Cacau Rhoden; “Elena”(2012) de PETRA COSTA; “A Musa Impassível”(2011) de MARCELA LORDY; “Os Porralokinhas”(2007) de Lui Farias.

“Betânia”, um filme com DIANA MATTOS  – do Berlinale para os cinemas brasileiros.

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O filme que estreou no Festival de Cinema de Berlim (Berlinale) em fevereiro de 2024, ganhou o mundo nos festivais e agora chega aos cinemas brasileiros. O Filme retrata a história de uma mulher de 65 anos – que leva o nome do filme. A matriarca de uma grande família que trabalha como parteira. Depois da morte do marido, suas filhas a convencem a voltar para a aldeia onde nasceu e onde o resto da família ainda vive, na orla das dunas do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Movida pelo som ancestral do Bumba Meu Boi e pela força da comunidade, Betânia tenta reconstruir sua vida e renascer, deixando para trás uma vida simples e agrária e encontrando uma sensação de pertencimento nesse lugar marcado pela mistura da modernidade e da tradição.

No papel título, a atriz maranhense DIANA MATTOS, atriz, cantora, arte educadora e pedagoga. Recebeu  menção honrosa por sua atuação no filme no ultimo Festival do Rio no final de 2024. Formada pela Companhia Oficina de Teatro (COTEATRO), atua desde a década de 1990 no cenário artístico e cultural maranhense. Sua filmografia: “Opus Incertum” de Augusto Sinceri; “Muleque Té Doido 1”(2014) de Erlanes Duarte; “O Camelo, Leão e a Criança”.

 Manas”, Um Drama Amazônico.

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Foto: Reprodução/Divulgação

O filme foi dirigido por MARIANNA BRENNAND e poderá ser visto no cinema a partir de 15 de maio. Passou por festivais, incluindo a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em 2024 e que recebeu o prêmio da crítica de melhor filme brasileiro, sendo destaque na Mostra junto com “Ainda Estou Aqui”. O filme tem como sinopse: a história de Marcielle (JAMILLI CORREA), uma jovem de apenas 13 anos inserida em um meio repleto de violências dentro da periferia onde mora. Moradora da Ilha de Marajó, no Pará, junto com o seu pai, sua mãe, Danielle (FÁTIMA MACEDO), e três irmãos. A menina sofre com a perda da sua irmã mais velha, que partiu para bem longe de onde moravam após arrumar um homem que circulava pela bacia hidrográfica que banha a região. Marcielle, agora mais experiente com a vida, começa a ter uma percepção diferente em relação às suas idealizações. Ela entendeu que as mesmas estão presas em um ambiente marcado por dor e sofrimento. Preocupada com a irmã mais nova e ciente de que o futuro não lhe reserva muitas opções, ela decide confrontar a engrenagem violenta que rege a sua família e as mulheres da sua comunidade.

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Foto: Reprodução Adoro Cinema

MARIANNA BRENNAND é diretora, produtora e roteirista. Formada em cinema pela Universidade da Califórnia, dirigiu seu primeiro documentário, o curta “Capoeira, Freedom of the soul”(2002), nos EUA. Em 2005, fundou em Recife a produtora Mariola Filmes. Seu primeiro longa, o documentário “O Coco, a Roda, o Pneu e o Farol”(2007) estreou no Festival de Biarritz e recebeu o Troféu Gilberto Freyre. Ainda em sua filmografia: o documentário “Francisco Brennand”(2013); como produtora “Recordações Nordestinas – A História de João Silva”.

E, então, prontos para próxima sessão? Nos encontramos em algum cinema da cidade. Divirtam-se!

Até a próxima cena!

Abraço afetuoso,

Vanessa.

CINE RECORTE

Cine-Recorte: Dica da colunista

Três filmes brasileiros que estão nos cinemas brasileiros:

“Vitória” com FERNANDA MONTENEGRO

“Milton Bituca Nascimento” de FLAVIA MORAES

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“Câncer com Ascendente em Virgem” de ROSANE SVARTMAN

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