Como pequenas escolhas cotidianas Moldam o futuro.
Por Andreza Justino.
Sejam muito bem vindas a reflexão de hoje deusas maravilhosas,
Senti no coração de tocar em um assunto delicado, pequeno, porém imensamente relevante para o momento que estamos. Vivemos em um mundo acelerado, onde somos atravessadas diariamente por dúvidas:
Será que fiz certo/errado?
Será que essa decisão vai me custar algo que nem percebo agora?
Injustiças com pessoas que amo, desafios no relacionamento, trabalho e família… Só nos enchem de duvidas se estamos no caminho que deveríamos estar.
Mas gosto de pensar que não existe exatamente “certo” ou “errado” — mas não posso negar que existe aquilo que me aproxima da vida que quero viver.
Existe o que me move e o que me faz parar. Existe o que me dá força e o que, secretamente, eu nem quero tanto assim… por isso escolho não fazer.
O problema é que, entre o que queremos e o que realmente fazemos, tem sempre alguém no meio do caminho: nós mesmas. Ou melhor, nosso cérebro.
O cérebro adora atalhos (que nem sempre te favorecem). Nosso cérebro é eficiente, mas nem sempre a nosso favor. Ele busca repetir padrões já conhecidos para gastar menos energia. E é por isso que, muitas vezes, mesmo sabendo o que é importante, a gente paralisa.
É aquela famosa cena:
“Hoje eu iria à academia, mas o sofá está tão confortável….só mais um episódio daquela série.”
“Hoje eu teria uma conversa difícil, mas não quero brigar de novo.”
A verdade é que isso só acontece quando não temos clareza de onde queremos chegar. E sem clareza, qualquer desculpa parece boa demais para ser ignorada.
Antes de explorar mais a clareza quero que busque na sua memória quais eram as expectativas sobre vocês na adolescência? Estudar, fazer faculdade, namorar, casar, ter filhos… Olha quanto coisa foi esperada de nós antes mesmo de sabermos o que de fato gostaríamos de viver no futuro. Nossos pais em uma busca incessante de nos fazer acreditar no que é certo e errado, nos tiram algo que mudaria todo nosso jogo chamado “vida”.
Digo isso porque essas escolhas muitas vezes tiram a clareza que precisamos enxergar para primeiramente sermos felizes.
O futuro é formado por micro escolhas
O que eu penso, gera o que eu sinto.
O que eu sinto, molda o que eu faço.
E o que eu faço, dia após dia, se transforma na vida que estou construindo.
Simples assim. E, ao mesmo tempo, assustadoramente real.
Se penso que cuidar da saúde é sofrido, meu sentimento será o de rejeição.
Meu comportamento? Será de ativar o modo “soneca” três vezes.
Se ainda assim eu for, não vou exigir muito do meu corpo.
E isso, feito repetidamente, vai me afastando daquela mulher ativa, saudável e cheia de vida que me faria muito feliz ver no futuro.
Quero que faça um exercício comigo!
Se imagine com 80 anos. Lúcida. Cheia de vida. Com mobilidade ativa, rindo com suas amigas, dançando sem medo de cair, carregando sua neta no colo.
Você se olha no espelho e agradece a mulher que foi aos 30, 40 ou 50 por não ter desistido de si.
Mas se para você este futuro parece distante, pense no que você se arrependeria hoje se soubesse que ele não vai acontecer.
Talvez por ter adiado demais a mudança.
De ter aceitado uma rotina que não te inspira.
De ter se mantido em relações mornas, apenas para não mexer no que parecia “estável”.
E os relacionamentos?
A mesma lógica se aplica ao amor.
Nossas relações também nascem dos nossos pensamentos, emoções e comportamentos.
Se penso que meu parceiro nunca vai mudar, o sentimento que vem é o da frustração.
Logo, meu comportamento será o do afastamento, da crítica constante ou até da indiferença.
E a cada repetição desse ciclo, a relação se esgota um pouco mais.
Mas se, antes de agir assim, eu me imaginasse aos 80 anos, sentada ao lado de alguém com quem dividi uma vida inteira de aprendizados — com erros, sim, mas com tentativas sinceras — talvez eu pensasse diferente.
Talvez eu entendesse que não vale a pena “ter razão” todos os dias.
Talvez eu percebesse que silêncios precisam ser quebrados, porque um dia pode ser tarde demais.
Talvez eu enxergasse que perdoar não é esquecer, mas libertar o futuro de dores passadas.
A coragem de mudar estes detalhes começa na clareza da sua forma de pensar
Não espere o arrependimento para mudar.
Você pode não controlar tudo, mas pode decidir em que direção está indo.
E isso começa com um único pensamento:
“O que eu posso fazer hoje, que vai me deixar orgulhosa de mim amanhã?”
Não espere estar com tudo sob controle.
Não espere se sentir pronta.
A clareza vem durante o caminho.
Conclusão minha Deusa, o tempo está passando… e isso é um presente.
A única coisa que você não pode recuperar é o tempo.
E o tempo que se perde em arrependimento, em desculpas ou em paralisia… é um tempo que não volta.
Mas também é verdade que nunca é tarde para começar.
Por isso, te convido a olhar pra frente com essa lente:
O que você tem clareza que se começar a fazer HOJE vai deixar a sua “Eu do futuro” orgulhosa?
Faça por ela.
E, principalmente, faça por você.
Andreza Justino.