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A BELEZA NOS DETALHES.

Cinema nosso, cinema delas: As inúmeras camadas das mulheres do cinema brasileiro.

Por Vanessa Cançado.

Quando Aline Valencio (criadora da revista) me convidou para assinar uma coluna sobre cinema e sobre mulheres, pensei: – Que Maravilha! Logo aceitei, mas em seguida me deparei com o universo de toda uma gama de significados quando falamos sobre cinema. Muitos recortes, porque logo veio a informação libertária de Aline e o veredito: – “Escreva sobre o que
quiser, a coluna é sua, se aproprie dela”.

 

Pronto, liberdade demais para uma geminiana, com lua em gêmeos (risos). Mas já tinha o caminho, o diverso no cinema feito por mulheres e as inúmeras possibilidades das mulheres de cinema. Me identifiquei totalmente.

Sou Vanessa, roteirista, produtora, feminista, escritora, diretora, dramaturga, atriz, lésbica, casada, mãe bichológica de dois gatinhos – Frida e Tom. Sou uma mulher de cinema e sou múltipla, porque a mulher nunca é uma só e uma mulher roteirista nunca anda só. Junto de mim tenho o pulsar das personagens que crio. Atualmente estou desenvolvendo meu primeiro longa-
metragem “Flor de Outono” composto de protagonistas do universo feminino e tendo a doença de Alzheimer como antagonista. Uma maneira de catarse que encontrei pela partida de minha mãe desse plano em 2020, o corte do cordão umbilical definitivo.

Porém, não fui sempre do cinema, do audiovisual. Comecei minha trajetória no teatro, do qual usufrui por mais de 25 anos ininterruptos e ainda pertenço, embora mais como espectadora nos últimos 8 anos, porque o audiovisual vem alimentando minhas inquietudes. Mas tenho me alimentado também na escrita dramatúrgica.

Amoras (es), aqui abro a câmera para as mulheres de cinema e no cinema, bem como compartilharei com vocês os detalhes. Falaremos das mulheres de cinema nas mais diversas funções (continuístas, diretoras, produtoras, roteiristas, montadoras…), da mulher de cinema cis, trans, branca, negra, indígena. As mulheres protagonistas dentro e atrás das telas. Portanto,
vamos tocar em espinhos. Vou abordar as questões de gênero, da equidade e da falta de equilíbrio nas equipes, dos espaços e festivais que valorizam o cinema realizado por mulheres. Vou falar de inquietações, mas também darei voz à outras mulheres de cinema através de entrevistas, nas dicas de filmes e livros sobre cinema de mulheres, porque o foco é o cinema delas e teremos muito que conversar.

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Até a próxima cena!
Abraço Afetuoso,
Vanessa.

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