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A Fonte da determinação feminina.

O que aprendi sobre mim: Transformando marcas do passado em força para o futuro.

Por Andreza Justino.

Olá, Deusas Maravilhosas!

Mesmo depois de quase um ano juntas aqui, ainda existem partes de mim que se escondem, por falta de segurança em me abrir completamente. Mas hoje, quero explorar algumas páginas deste livro chamado “A Vida de Andreza Justino”.

Sei que você vai concordar comigo quando digo que é muito mais fácil falar sobre algo que já superamos do que sobre aquilo que ainda estamos enfrentando. Mas hoje, escolho honrar a sua presença compartilhando algo que ainda estou aprendendo a lidar.

Uma história que começa antes de mim.

Há 43 anos, fui concebida no ventre da minha mãe. E na curiosidade de saber mais sobre minha história, antes de sua partida desse mundo, eu pedi para ela me contar sobre esse período e o que sentiu desde o momento em que soube da gravidez até o meu nascimento.

Eram tempos difíceis. Minha mãe vivia em uma realidade de trabalho duro no sítio, em uma casa humilde, cuidando de quatro filhos e ainda ajudando no campo. Com tantas responsabilidades, não havia espaço para diálogo ou para cuidar das emoções – algo que ela nem sabia que era importante.

Quando descobriu que estava grávida de mim, sua primeira reação foi subir em um barranco e pular várias vezes, na esperança de que aquele “problema” desaparecesse. Forte, não? Mas essa história me faz refletir sobre quantas vezes, ao longo da vida, nos movemos de forma ineficaz para tentar nos livrar dos desafios, sem perceber que enfrentá-los é o que realmente nos fortalece.

Sentimentos herdados.

Minha mãe vivenciou dois grandes sentimentos durante minha gestação:

A angústia da espera – Toda vez que precisava ir ao hospital, tinha que depender do caminhão de leite ou da ajuda dos vizinhos. Isso gerava nela uma enorme ansiedade.

O incômodo de pedir ajuda – Delegar as tarefas da casa e dos filhos para os outros a fazia se sentir desconfortável e impotente.

E foi em meio a essa angústia e incômodo que eu fui gerada. Sem perceber, absorvi esses sentimentos inconscientemente.

Os reflexos na minha vida:

Cresci carregando emoções que nem sabia de onde vinham. Mesmo após anos de desenvolvimento pessoal, levei um tempo para perceber a origem de algumas inseguranças:

  • O medo de ser rejeitada.
  • A dificuldade de deixar tarefas “importantes” para me dedicar a algo maior.
  • O desconforto em fazer alguém esperar – a ponto de me sentir culpada por clientes chegarem mais cedo no salão e eu atendê-las no meu próprio horário.
  • Foi então que percebi: não eram apenas experiências vividas depois do meu nascimento, mas também aquilo que absorvi ainda no ventre. O lugar que deveria ser o mais seguro do mundo também é um espaço de transmissão emocional.

O peso invisível que carregamos: 

Nem sempre nos damos conta, mas não herdamos apenas traços genéticos dos nossos pais, herdamos também suas emoções, crenças e dores não curadas.

Mas a boa notícia é: temos o poder de romper com esse ciclo. Não podemos mudar as escolhas dos nossos pais ou o nosso passado, mas podemos decidir que esses bloqueios não vão definir nossos resultados como mulheres, profissionais e mães.

Honrando minha história: 

Hoje, converso com minha mãe, onde quer que ela esteja, e digo: minha forma de honrar sua história é enfrentando apenas os meus desafios, e não carregando os dela.

Peço permissão para continuar sem o que a impediu de ser ainda melhor como mãe e mulher. E sei que, de algum lugar, ela está orgulhosa de mim. Meus desafios crescem, mas agora sei de onde vem minha força e onde fica a fonte da minha determinação.

E, a cada dia, me torno maior.

E você, Deusas Maravilhosa?

Percebe em você dores que não fazem sentido, que não consegue explicar de onde vem? Te convido a olhar para sua própria fonte de determinação. Lá você vai encontrar que não é sobre suportar, mas fazer a diferença. Entender sua história vai fortalecer você e libertá-la de tudo o que não lhe pertence.

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Com carinho,
Andreza Justino.

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