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                          A força Ancestral da Mulher Cigana.

                              O legado da mulher cigana para o mundo.

Por Cigana Carmem.

 

Minha amada leitora, amada.

Hoje vou trazer para você um assunto que me dá muito orgulho: o meu povo, minha origem, minha história ancestral e todo o legado que meu povo deixou para o mundo. Nos dias de hoje um dos assuntos mais comentados é a ancestralidade. E normalmente, quando se fala sobre isso, relacionamos com nosso parentesco e nossa origem familiar. E essa visão está perfeitamente correta. Contudo, ancestralidade também faz referência à legados de civilizações para o mundo. Por exemplo, as civilizações grega e romana deixaram um imenso patrimônio intelectual e cultural.  E é esse tema que intento abordar hoje. O legado do meu povo. Todo o conhecimento que o povo cigano deixou no mundo. Mas, mais do que isso. A contribuição que a mulher cigana transmitiu para a história da mulher em todos os tempos.

A sua força, resiliência e fé é que mantiveram, e ainda mantém o povo cigano de pé. Um povo marginalizado, rebaixado e que enfrenta inúmeros preconceitos e constrangimentos até hoje. Além disso, está impresso no inconsciente coletivo que ciganos são ladrões e do mal. Não vou entrar, nessa matéria, em detalhes a esse respeito porque o objetivo hoje é falar do legado feminino da cultura cigana e da força que a mulher cigana inspira na geração de mulheres na atualidade.

Fonte: @soyexpansion

Em um outro momento farei uma matéria com o intuito de desmistificar esses padrões pejorativos. A mulher cigana tem natureza nutridora, e se empenha em manter essa natureza viva e aflorada, através dos rituais tradicionais da sua cultura. Rituais com fogo, ervas, especiarias, flores. Receitas passadas oralmente geração após geração e que continuam a ser transmitidas para suas filhas. As mulheres ciganas ocupam seu tempo se aprimorando nessas tarefas com afinco, para não deixar nenhum detalhe para trás. É um trabalho de aprimoramento constante. Olha só que lindo! A energia feminina também requer dedicação, aprimoramento, estudo, e principalmente a missão de abdicar de tudo que não é verdadeiro e não condiz com sua essência.

Em meus atendimentos particulares, a maioria das mulheres que chegam até mim estão desequilibradas, ou seja, totalmente na energia masculina. Isso quer dizer, que elas tem a crença de que podem fazer tudo sozinhas e não precisam de ninguém. Contudo, essa atitude não é normal, porque implica o fato de que as mulheres estão desconectadas da sua energia feminina, dessa conexão com sua verdade. Isso as faz sofrer e elas não conseguem entender o que está acontecendo com elas.

As mulheres ciganas tem um planejamento muito claro nos seus rituais, dias certos, horas certas, porque essa dedicação proporciona que elas tenham um conhecimento profundo acerca do legado ancestral das bruxas e das Deusas. E elas não abrem mão da rotina da prática da sua feminilidade.  Esse compromisso é que as torna próximas a si mesmas. A constância. A prioridade e o conhecimento. A busca constante pelo aprimoramento de si é que torna as mulheres poderosas, livres e independentes. Nada além disso. O resto é ilusão. Nem o dinheiro, nem status, nada pode verdadeiramente tornar uma mulher. Somente a verdadeira e íntima relação consigo mesma. Mas, esse processo precisa ser uma decisão, um compromisso que se assume com a gente mesma.

E esse é o aprendizado da mulher cigana. Esse compromisso pessoal, com a ancestralidade feminina e com as futuras gerações familiares. E esse é o legado que as mulheres ciganas deixaram para nós: o entendimento da necessidade do resgate da conexão interior e do aprimoramento de si mesma, para toda a vida. Esse é outro ensinamento das mulheres Ciganas. Essa busca por nós mesmas não termina nunca. E é justamente aqui que se forma o impasse das pessoas. Somos imediatistas e tudo que requer dedicação para uma vida toda, aprimoramento e dedicação, afinco não vão para frente, porque a reforma interior, dói, é árdua e exige de nós desconstruir padrões arraigados que nos deixam na zona de conforto, no comodismo, no vitimismo.

Minha querida amiga, sair do vitimismo significa adultecer, ou seja parar de responsabilizar quem quer que seja pelas coisas que acontecem na nossa vida. Estar nessa posição é muito cômodo. Agora, olhar para dentro de si cada vez mais profundamente é assumir a responsabilidade de tudo que acontece na nossa vida. E na energia feminina o mergulho para dentro si te mostra suas sombras para que você evolua, cresça, evolua e se torne totalmente responsável por sua vida. Cabe a cada um aceitar e usar seu livre arbítrio para continuar com sua vida caótica. Contudo, a responsabilidade de não reclamar disso também é sua.

Minha amiga, coisa mais linda é esse legado cigano milenar feminino.

Espero que você tenha se emocionado com essa matéria e que ela te impulsione a não arrumar mais desculpas e justificativas para o que acontece de “ruim” na nossa vida é para nos castigar ou punir. Enquanto essa crença existir na sua mente você vai continuar passando pelas mesmas situações até virar a chave e você compreender que tudo vem para te ensinar e o aprendizado liberta.

Um afago,

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Cigana Carmem.

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