Quando a busca pela perfeição nos rouba o essencial .
Por Andreza Justino.
Olá, Deusas Maravilhosas,
Você já se pegou olhando para a vida dos outros e pensando: “Por que eles conseguem e eu não?” Essa comparação é alimentada por um ideal inalcançável, a famosa Família Doriana, aquela onde todos estão sempre sorrindo à mesa, impecáveis e felizes. É uma imagem tão perfeita que nos faz acreditar que, se não estamos vivendo isso é porque estamos falhando.
Mas a verdade, minha querida, é que essa perfeição é uma ilusão. Na vida real, tem dias em que nos sentimos exaustas, o café esfria antes de conseguirmos tomar, os filhos estão inquietos, e a conexão com o parceiro parece uma memória distante. E tudo bem, porque isso é vida, com suas falhas, desafios e também sua beleza imperfeita.
O problema surge quando essa busca pela perfeição começa a nos sufocar. Vivemos à mercê de um futuro inalcançável, tão focadas em dar conta de tudo e atender às expectativas alheias que esquecemos de viver o presente. O que os outros vão pensar se eu não for a mãe perfeita, a esposa exemplar, a empresaria empoderada? Essa cobrança silenciosa nos impede de perceber os detalhes que realmente importam — o cheiro do café, o abraço apertado, o brilho nos olhos de quem amamos ou até mesmo o sorriso que despertamos.
Quantas vezes você já ignorou suas próprias necessidades em nome de um ideal? Quantas vezes deixou de se ouvir, de se acolher, porque estava ocupada demais tentando atender às demandas externas? Essa necessidade de perfeição nos impede de nos aceitar como somos, de reconhecer que o imperfeito não é o inimigo. Pelo contrário, o imperfeito é um convite.
É no imperfeito que encontramos espaço para crescer, evoluir e construir algo verdadeiro. E isso vale para tudo. Quando aceitamos que nem tudo precisa ser impecável, nos damos a oportunidade de viver com mais leveza. E, acima de tudo, começamos a enxergar que o amor não está nas aparências, mas na autenticidade das nossas relações.
Se hoje você sente que a perfeição está cobrando caro, eu te convido a fazer uma pausa. Feche os olhos por um momento e reflita:
• Quais partes da sua vida você está tentando moldar para agradar os outros?
• O que você tem deixado de viver para alcançar algo que nem sabe se deseja de verdade?
• O que aconteceria se você simplesmente decidisse que é suficiente do jeito que é?
A verdade é que não precisamos ser perfeitas para sermos felizes. Não precisamos de um lar impecável para ter um lugar cheio de amor. O que precisamos é nos permitir viver a nossa verdade, com coragem e autenticidade.
Liberte-se da ideia de perfeição. Abrace suas falhas, suas escolhas, suas conquistas, e entenda que a verdadeira felicidade não está no que os outros esperam de você, mas no que você constrói com amor, por você e pelos seus.
Com carinho,
Andreza Justino