Por Carol El Agha.
Todo mês nosso corpo feminino sofre uma série de mudanças fisiológicas – muitas delas ocorrem sem que a mulher tome consciência do que está acontecendo – acontecem variações hormonais, na temperatura vaginal, na composição e quantidade de urina, no peso, na concentração de vitaminas, na retenção de líquidos, nas batidas do coração, no tamanho e aspecto dos pelos, na consistência do fluido vaginal, nos níveis de concentração da menstruação, na visão, na capacidade psíquica, no limiar de dor e muitas outras. Por isso é importante que cada mulher tome consciência de como funciona seu corpo e como é seu ciclo menstrual, assim consegue entender como isso afeta sua personalidade e suas energias criativas. E uma das melhores formas de fazer isso é se conectar com os Arquétipos do Ciclo Menstrual. Mesmo quem não menstrua pode se conectar com os ciclos da lua.
Os arquétipos são a identificação com imagens que fazem parte importante de nossa realidade. O arquétipo é um conceito utilizado para representar padrões de comportamento associados a um personagem. Esse conceito foi desenvolvido por Carl G. Jung, psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica. Para Jung, esses comportamentos estão no inconsciente coletivo e, por isso, são percebidos de maneira similar por todos. Aqui vou trazer os quatro arquétipos que passam durante o mês como ferramenta para acompanhar e aprofundar no ciclo menstrual. Usaremos um ciclo de 28 dias como exemplo começando pelo primeiro dia da menstruação, ou seja, o primeiro dia do ciclo.
O arquétipo da Velha/Anciã acontece do dia 1° ao 7°, ou até que o sangue termine mais ou menos. Nessa fase do ciclo, temos menos energia física e nossa força está voltada para dentro, para nossa energia espiritual e psíquica. Durante esse período, nosso corpo e mente passam por um processo de limpeza onde deixamos ir aquilo que não precisamos mais ou que não queremos em nós mesmas e em nossas vidas. O arquétipo da Donzela/Princesa ocorre quando a menstruação acaba e a energia é extrovertida e dinâmica. Nessa fase podemos nos sentir mais propensas a descobrir e aprender coisas novas, a realizar aquilo que planejamos e mesmo a planejar e organizar coisas. Temos mais força para lançar iniciativas e dar início a sonhos e projetos. Lá pelo 14° dia de ciclo, na ovulação, entra o arquétipo da Mãe/Rainha que é um momento em que estamos mais disponíveis para os outros, para as relações, podemos sentir mais desejo sexual e nos permitir dar e desfrutar do prazer. É um período bom para socializar, marcar encontros, reuniões, para desfrutar da vida e celebrar. No 21° dia a energia física começa a diminuir e aumenta a nossa força criativa e poder intuitivo, as críticas, frustrações e impaciências que surgem nessa fase, revelam tudo aquilo que precisa ser transformado em nossas vidas. E novamente chega a Lua (menstruação) para dar início a um novo ciclo.
Ao conhecer e vivenciar os arquétipos menstruais criamos uma relação íntima com nosso corpo, obtemos consciência das energias criativas e utilizamos isso a favor do que queremos vivenciar. Claro que é um estudo fino que requer constância e dedicação, mas não se preocupe porque temos uma vida inteira pela frente. E depois que pega o jeito faz de olho fechado, e ainda tem a mandala lunar que serve para ajudar nesse trajeto, mas disso eu falo depois!
Um beijo,
Carol.