Por Carol El Agha.
A cólica menstrual, ao contrário do que muitas mulheres pensam, não faz parte da menstruação, ela é um indício do corpo que algo não está fluindo muito bem. A cólica menstrual é chamada pelos ginecologistas alopáticos de dismenorréia, que significa menstruação difícil.
Temos a dismenorreia primária que é aquela que não está associada a patologias mas sim a emoções, estresses e traumas. E a dismenorreia secundária é aquela que está associada a alguma patologia. As duas são sintomas de algum desequilíbrio que está se apresentando.
Quando a abordagem é através da Ginecologia Natural esse olhar é amplo, não apenas para os sintomas, mas sim para a pessoa como um todo. Um olhar que vai aprofundar as áreas da vida como rotina, alimentação, hábitos, história de vida, emoções e muito mais.
Quando falamos em cólica menstrual as dicas aqui trazidas podem ajudar, e vão, se forem realizadas efetivamente. O tratamento desse desequilíbrio em si deve ser feito acompanhado por uma profissional qualificada. Contanto, pode ser que apenas essas orientações sozinhas não sejam suficientes para sanar totalmente as dores, dependendo da causa e da intensidade.
As cólicas mais profundas se associam a alguma patologia como a endometriose ou cistos por exemplo, são as cólicas secundárias que acontecem em decorrência de outro fator, e são tratáveis porém é necessário várias intervenções da interagente e terapeuta, muitas vezes com ajuda de exames laboratoriais pois a Ginecologia Natural íntegra, ou melhor, acrescenta e muito nos tratamentos de desequilíbrios ginecológicos mais profundos e complexos.
A cólica primária é aquela que não está associada a alguma patologia pode ter como padrões relacionados como o estresse emocional, uma menarca traumática, o corpo dando sinal para desacelerar, podem ter origens tanto sociais quanto culturais.
É por isso que cada mulher deve se perguntar sobre a própria história e se limpar de todas essas dores que foram impostas por valores distorcidos onde a mulher sempre foi esquecida, desapropriada e subjugada. Honrar e amar seu corpo, seu sangue e seu útero são os primeiros passos e mais importantes para ir curando a origem dessa dor.
Na metafísica da saúde, as dores estão relacionadas à dificuldade de lidar com as mudanças. A cólica está ligada ao apego, a permanecer apegada a uma situação e não realizar as transições necessárias. Vimos que a menstruação é um momento de limpeza física e psíquica, é um momento de deixar o velho ir para a chegada do novo. No entanto, para algumas mulheres, isso pode não ser tão fácil assim. Avalie o seu nível de apego e se isso evitou a renovação em algum setor da sua vida. É importante trabalhar o desprendimento e reforçar o propósito de adaptar-se às diversas situações.
Na medicina chinesa, existe uma indicação, muito simples, para as dores no período menstrual, em que usa-se apenas um ingrediente: água morna!
Nesta modalidade de tratamento, o trânsito do calor e do frio, no nosso corpo, é analisado com bastante atenção, pois calor e frio em excesso, em nossos órgãos e tecidos, podem trazer inúmeras doenças e desequilíbrios. Entretanto, trazer o calor e o frio, na medida certa, para onde necessitamos, é um meio de termos saúde.
No caso das cólicas, como é de se imaginar, há um excesso de frio, no ventre, na lombar, nos pés. Portanto, a orientação é que faça-se, durante um mês (começando no dia da sua menstruação), 30 minutos de escalda pés, diariamente, com água suficiente para cobrir as panturrilhas. Esse hábito diário trata o calor e o relaxamento, o bastante para diminuir, drasticamente, as cólicas nos seus próximos ciclos.
Outras receitas são massagem no ventre, alimentação equilibrada e plantar a lua, mas isso vamos deixar para um próximo post.
Fique de 👀
Carol El Agha & Ginecologia Natural
Terapeuta Integrativa da Mulher.