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Estética e os padrões!

Estética e os padrões

                      Afinal, a estética é uma vilã mesmo?

 

Por Gabriela Chepluki de Almeida.

Olá, leitora! Estávamos conversando ainda há pouco sobre a disseminação dos padrões estéticos, a relação que eles têm com o surgimento de transtornos tanto alimentares quanto psicológicos, e sobre os caminhos que levam um ao outro, respectivamente. E como eu falei para você, a estética não é o verdadeiro problema, e sim os padrões e exigências. E existe uma diferença muito grande entre uma coisa e outra.

Parece contraditório, né? Eu sei. E esta perspectiva sobre a qual eu vou falar agora, eu não tinha em mente, até começar a escrever o texto sobre a estética e os tantos problemas que ela causa. Daí, uma luz surgiu na minha cabeça, como uma peça que estava faltando, e eu mesma pude entender uma perspectiva que no decorrer de toda a minha tratativa. Você vai entender.

Espero que, ao concluir as ideias aqui apresentadas, você seja capaz de se posicionar sobre o assunto e, principalmente, descobrir o que faz sentido íntimo para você! Afinal, é sobre você, não sobre o fulano, nem sua família, nem sobre nenhuma presença externa.

A estética é uma vilã, que condiciona nosso valor e merecimento ao que é meramente físico e aparente, que esconde nossa verdadeira essência, que nos fantasia de alguém que não somos para termos algum lugar no mundo, que poda nossa liberdade de manifestação, que nos padroniza para nos encaixar, que nos torna fúteis ao aderirmos a ela? Ou é a escolha que a mulher livre e decidida, em sua liberdade, tem todo direito de desejar, estimar, buscar, aplicar
e exercer, em liberdade, e não em opressão?

Na verdade, a proposta dela é oferecer a promoção de auto estima, jamais ela teria qualquer desafeição com você e a sua individualidade. O problema é como a sociedade a trata, impondo uma exigência de valor, e não ela em si! Você não é obrigada a ter apreço por nada, por maquiagem, roupas da tendência, procedimentos, usar produtos e mais produtos para corpo e cabelo se você não gostar.

Mas, se você, em sua identidade convicta, compreendida e solidamente fundamentada tiver apreço por isto, está tudo bem! E isto não faz de você uma pessoa fútil. A vida é vivida em liberdade, e com liberdade, nós fazemos escolhas. Podemos fazer todas as escolhas que desejarmos, pois o único limite que temos da nossa liberdade, é a fronteira onde o próximo começa a ser livre.

E é muito importante eu deixar isto claro para você, leitora, que eu não tenho intenção nenhuma de me revoltar contra profissionais deste nicho, como bariátricos, esteticistas, cabeleireiros, cirurgiões, designers, maquiadores e afins, ou queimar sutiãs, espartilhos, maquiagens, cosméticos e sapatos. Falo por mim mesma, alguns destes elementos são um fraco para mim. Mas não é isto que vai definir o seu valor, nem te definir como mulher! Isto é apenas um elemento de apreço pessoal, que você tendo ou não tendo, é maravilhosa do
mesmo jeito!

A estética nunca foi um problema. Toda a tirania de reprovação, baixa autoconfiança e baixa autoestima vivida por muitas mulheres não é culpa da estética. Os fatores responsáveis por todos estes enfrentamentos de aceitação pessoal são outros.

Os vilões deste contexto são, resumidamente, os mencionados no começo da nossa conversa: as prisões, as exigências, as pressões da estética, auto impostas ou impostas externamente por mídia, sociedade, marketing, capitalismo, entre outros. E estes vilões é que podam nossa essência e auto confiança. Mas a estética em si, não.

Declaro aqui uma coisa: não, você não precisa viver conforme o que uma imensa maioria espera de você, você não precisa de uma plástica, de uma cirurgia, não precisa cobrir aquela parte do seu corpo que acha que os outros vão olhar com reprovação, não precisa deixar de comer aquele prato que você ama, não precisa “passar um produtinho” para esconder aquela mancha, não precisa usar aquela roupa ou acessório que você odeia só porque ele vai “valorizar” ou “disfarçar” alguma parte do seu corpo.

Eu quero que você se sinta incentivada a zelar seu autocuidado, sua autoestima, sua saúde e bem estar físicos, mentais e emocionais, conforme sua vontade e sua verdade, e isto independe de elementos estéticos, mesmo que eles jamais sejam um pecado! Mas, meu maior objetivo com você é te fazer entender que você não é refém de nenhuma exigência externa, e você não é condicionada e definida através de sua aparência, estética ou características físicas. Você é
uma essência com enorme potencial, uma alma poderosa que independe de um recipiente e de seu respectivo estado.

Mencionei anteriormente que temos liberdade sobre nossas escolhas e nossa verdade. Então se você descobre, decide ou deseja não se preocupar tanto com a estética, você simplesmente não precisa se preocupar.

Uma questão como esta se resume a uma simples conclusão: ela tem sua importância, assim como os profissionais de beleza e estética não são pessoas fúteis só por usufruírem dela como seu elemento fundamental de trabalho, nem estão incentivando as mulheres a exigirem cada vez mais de si mesmas. O que eu quero te ajudar, é a ver que, se você se sente refém destes pilares de alguma forma, é a sua mente e seu posicionamento que precisam de intervenção
primária, e não sua aparência.

É claro que, em outros fatores, somos sempre induzidos a consumir, a caminhar “conforme” cartilhas, o que acaba nos trazendo frequente aceitação externa, e obviamente, todos queremos ser amados. Porém, ser desejado convenientemente, jamais deve ser confundido com o amor em essência, principalmente com o autoamor.

Seu autoamor deve ser a sua prioridade. Independente se você preza, ou não, estar nos salões, nas clínicas, ou buscando qualquer satisfação auto visual. Isto não importa, tanto querer como não querer estes elementos em vida. Você pode gostar, só não precisa. Te falei anteriormente, somos livres. E a liberdade é finalmente vivida, quando a exercemos em verdade com nós
mesmos.

Da mesma forma, você tem todo o direito de escolher viver sem estes elementos, pois você não precisa deles para ter valor. E se desejar viver longe deles, tenha convicção de que você realmente não precisa deles para se completar. A ferramenta fundamental para cada mulher viver feliz e em verdade consigo mesma, é a convicção e o posicionamento sobre si e suas vontades, é isto que vai te fazer viver de forma livre.

Afinal, reflita comigo: por que é que eu condenaria qualquer caminho, que te fizesse sentir poderosa, linda, e em liberdade, convicção e comunhão consigo mesma?

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Um abraço.
Gabriela.

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