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FEMINILIDADE –VOLTANDO PARA O FEMININO.

Que medo é esse que as mulheres tem da feminilidade?

Por Alíne Valencio.

    Deusa,

A matéria de hoje vai ser polêmica. Mas, como você sabe, eu adoro uma polêmica.  Não porque eu quero chamar atenção. Por favor! Isso está totalmente fora de cogitação. É simplesmemte porque meus questionamentos desafiam os paradigmas. E mais, trago as mesmas problemáticas sociais sob um viés pouco difundido: espiritualidade e energia. Pelo menos em sexualidade.  Quando conheci o Sagrado Feminino eu já tinha também algum conhecimento em sexologia. Mas, pareciam coisas distantes e distintas. Mesmo porque, tudo que eu vi até hoje acerca de sexualidade está voltado para uma metodologia clínica. Nada relacionado à sexualidade pela ótica do Sagrado feminino, ou analisando aspectos espirituais ou energéticos do tema.

Resumindo, eu percebi que esses conhecimentos tinham tudo a ver, porém, eu ainda não conseguia achar o fio de ligação entre eles. Segui em frente, amando o universo que eu estava descortinando, com a certeza de que em algum momento eu encontraria o ponto de ligação. E deu BINGO! Encantada com o Sagrado Feminino, compreendi que a sexualidade é muito mais do que aprendemos. Quer dizer, sempre abordada sob um ponto de vista externo. Era primordial, abordar o assunto a partir de uma perspectiva energética, espiritual, emocional e mental.

A beleza de assumir sua feminilidade.

freepik the style is candid image photography with natural 8067Logo compreendi que o que estava por vir traria rusgas inclusive com o próprio feminismo. Em primeiro lugar porque o Feminismo contesta veementemente o Sagrado Feminino.  A primeira coisa que eu quero dizer aqui, para você, é que não tem como no mundo de hoje, não ser feminista. Eu sou, sempre fui e sempre serei feminista e quem me conhece sabe. Contudo, minha trajetória me levou para um outro entendimento desse conceito. Quando conheci o Sagrado Feminino, algo mudou dentro de mim, e eu não tinha conhecimento suficiente para compreender o que estava acontecendo comigo.

Continuei desbravando a sexologia e o Sagrado Feminino e comecei a me deparar com a minha essência. Em meio à estudos somados com minha jornada de autoconhecimento entendi claramente que todo o percurso traçado até ali dentro da linha feminista que eu estava tinha terminado seu ciclo. Passei a sentir um desejo incontrolável de me entregar ao que sempre fui: extremamente feminina. Mergulhei de cabeça no significado de feminilidade e me encontrei. Finalmente eu me via. Só havia um problema. Eu me encontrava mentalmente presa nos conceitos feministas de vertentes um tanto agressivas. Quer dizer, aquele tipo de discurso de confronto e embate. Contudo, essa nunca foi minha verdade. O contraponto se dava nos meus comportamentos que ainda estavam alinhados com a ideia oriunda de sentidos materiais e terrenos. Em outras palavras, eu ainda cultivava o pressuposto de feminilidade estabelecida pelo sistema machista. Seguindo essa linha de raciocínio, uma das características de feminilidade é a fragilidade, e fragilidade foi associada à vulnerabilidade.

Vulnerabilidade é força feminina.

freepik the style is candid image photography with natural 8069Foi aí que a chave virou, porque eu não me sentia frágil, e ao mesmo tempo, me sentia muito forte emocionalmente quando eu me vulnerabilizava, e mais, eu era, ou melhor, sou uma perua, e adoro roupas sensuais. Isso mesmo! O conflito estava firmado, já que uma das bandeiras feministas é exatamente a questão da sensualidade e da sexualidade, e um dos pontos de rótulo são as roupas que salientam o corpo. Mas essa era eu. Até que finalmente percebi que eu continuava sendo feminista, porém, era necessário colocar em prática meus conhecimentos do Sagrado Feminino. Isto é, assumir que é na vulnerabilidade que está a força feminina. Força interior, ou seja, o poder pessoal. Isso significa afirmar que mesmo sendo uma feminista ferrenha eu tinha que seguir o chamado da Alma. E esse chamado me ensinou que se eu entendesse a feminilidade sob o olhar do Sagrado Feminino ela passaria a ser exatamente o contrário do que o feminismo havia me ensinado até ali. Isso implica em dizer que eu finalmente entendi que não é porque eu sou feminista que não posso usar as roupas sensuais e sexys que eu adoro. E mais, percebi que justamente esse seria o ponto de quebra de paradigmas. E que é precisamente na sensualidade que está a força feminina.

Esse foi o ponto de mudança. Eu passei a ser uma feminista para mim e não para os outros. Delicadeza deixou de ser sinônimo de fraqueza e fragilidade. Doçura deixou de ser submissão. E isso não mudou em nada meu propósito de luta pelos direitos da mulher. Apenas compreendi que ser aquele tipo de mulher montada no discurso reativo, na defensiva, era uma maneira inconsciente de me defender não do mundo, mas das minhas crenças manifestadas na minha realidade. Ou seja, se eu mudasse minhas crenças, esse peso desapareceria. E que se eu assumisse minha vulnerabilidade eu encontraria minha força. Logo, eu abandonaria os discursos e comportamentos que me faziam acreditar que eu precisava carregar o mundo nas costas e dessa forma agir com agressividade perante o sistema machista, porque ser a mulher guerreira é ser machista. E claro, eu não estou considerando uma análise padrão, social. Estou falando de outra coisa. Me refiro à energia. Feminina, então desconsidero o discurso de que nenhuma mulher é guerreira porque quer, e sim por necessidade. Hoje, eu não concordo mais com isso, porque sei, depois de tanto tempo estudando as leis do universo, da espiritualidade, a neurociência e a frequência vibracional, que tudo que está na nossa vida fomos nós mesmas que atraímos.

Mude seus paradigmas e sua vida muda.

Isso se confirmou na minha vida material, tanto que nunca mais me deparei com homens cafajestes. Minha frequência vibracional nunca mais sintonizou com a frequência deles. No momento em que passei a focar minha atenção no tipo de relacionamento que eu queria e firmar isso para minha mente, minha vida mudou completamente. Dessa forma, abracei definitivamente a minha feminilidade e sigo trilhando meu objetivo maior: me tornar o mais feminina possível a cada dia, pois, quanto mais eu ancorar essa energia mais minha vida vai andar para frente. E ancorar essa energia, para mim, perpassa pela sensualidade. Portanto, usar roupas sensuais tem um outro significado, aliás, sempre teve: é apenas um reflexo do amor que tenho por mim, pelo meu corpo, pela minha vida. Assumir minha sensualidade nada mais é do que reconhecer o divino em mim. É dizer para Deus que eu o reconheci dentro de mim e viverei de acordo com os desejos da minha alma, ou seja, D’ELE.

Hoje sigo ensinando, no meu treinamento de Sexualidade Sagrada Feminina, as mulheres a fazer esse resgate da sua feminilidade (força e poder pessoal, através da atitude de assumir a vulnerabilidade), para enfim se libertarem do vazio que carregam dentro de si. Porque elas precisam entender que esse vazio é apenas a saudade de si mesmas em essência, e toda mulher é por natureza, feminina, delicada e doce e é isso que nos torna atraentes, brilhantes e poderosas. Não para o outro, mas para nós. Essa forma de ser magnetiza absolutamente tudo em nossas vidas. Portanto, entenda de uma vez por todas minha Deusa, feminilidade e vulnerabilidade são a sua força. E seu medo de ser vulnerável e feminina advém do desconhecido que é o chamado da sua alma, ou seja, da mulher que no fundo você sabe que existe dentro de você mas que te é uma completa estranha. Esse medo não vem de um sistema social. Pois nenhum sistema pode derrubar uma mulher que feminina e que se empoderou de si da sua feminilidade. Nenhum. Lembre-se: Nada está fora de você.

A gente se vê na semana que vem.

Um beijo feminino.

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Alíne Valencio.

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