Por Carol El Agha.
Quando eu comecei minha jornada rumo ao autoconhecimento, estava tão fragmentada que meus pensamentos se baseavam em ter, querer, e ter novamente. Completamente desligada, desconectada da essência da vida que é ser e ser-vir. Mas, foi num lampejo de consciência que percebi quão oca eu já estava. Então fui buscar um caminho onde encontrasse algo que tirasse esse vazio e a vida me guiou por caminhos que me levaram a conhecer a Naturologia e a Ginecologia Natural. Essa é a melhor parte porque no início eram tantas informações que senti vontade de dar ré, contudo, mas uma mente fora da caixa, não cabe mais na caixa, e dessa forma comecei a estudar meu corpo, meus ciclos e saúde íntima feminina.
E uma das primeiras e maravilhosas ferramentas que encontrei foi a Mandala Cíclica. Nessa época, minha menstruação era uma bagunça, assim como meu ciclo menstrual e as cólicas. Nossa! Muitas cólicas! Porém, decidi investir meu tempo priorizando o que é mais importante: eu!
A Mandala Cíclica não é voltada apenas para quem sangra não. Pode ser guiada pela lua externa, isso porque nós mulheres temos duas luas: a lua interna e a lua externa, e em se tratando de Mandala Cíclica se faz necessária essa compreensão. Para estudarmos nosso ciclo pela Mandala, é fundamental entender que nosso organismo se modifica assim como as fases da lua externa, ou seja, a lua do céu. Se baseando nas fases da lua do céu e nas fases da lua interna vamos preenchendo nossa linda Mandala Cíclica. Lembram que falamos sobre os arquétipos anteriormente? E comentei que cada arquétipo é uma fase e tem suas energias próprias, sua fase da lua no céu e também o período cíclico mensal orgânico? Logo, se estivermos menstruadas estaremos no arquétipo da Velha/Anciã, que representa a lua nova e nos permite conhecer como nosso corpo, mente, emoções e energias se apresentam nessa fase.
Porém, nem sempre menstruamos quando no céu está a lua nova, e é exatamente aí que o preenchimento da Mandala Cíclica faz milagres, porque conforme formos preenchendo mês a mês podemos aprender como nosso estado emocional e físico se mostra em cada fase. Tem mulheres que, como eu, amam a fase da TPM (Tempo Para Mulher) que antecede a lua (menstruação) e o arquétipo da Curandeira/Feiticeira na lua minguante. Já outras ficam bem na fase da pré-ovulação, quando acaba a lua (menstruação), que é o arquétipo da Donzela/Princesa na lua crescente. E assim vamos, mensalmente, conhecendo e reconhecendo o que nosso ventre sagrado, e nosso organismo sábio, tem a nos dizer e nos oferecer durante nossa ciclicidade.
Se somos uma com a natureza, então nada mais justo que nos relacionarmos com ela, e navegarmos em nossas ondas cíclicas internas preenchendo nossa alma de prazer, empoderamento e alegria de viver. Convido você Mulher Desperta a se desafiar nessa jornada transformadora do ser, estudando por três meses a Mandala Cíclica. Depois me conta como foi! Bora?
Cariol El Agha.
