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       Mulher – Que território sagrado é Esse?

       Oficina de teatro e autoconhecimento para mulheres.

Por Alíne Valencio.

Minha querida,

E se eu te dissesse que todos somos artistas? Hum? Ou, que dentro de nós vive um artista, você acreditaria? O que você me diria? Talvez você retrucasse argumentando: “Nada a ver, não nasci para ser artista”. E provavelmente essa sua resposta fosse reflexo de uma visão parcial que temos sobre os artistas por conta de uma imagem social criada em torno deles. E eu sei bem o que estou falando porque sou atriz, tenho mais de 30 anos de carreira e já ouvi muita coisa a respeito da minha profissão. Contudo, a arte tem uma função muito maior do que a fama. Muito maior. Quer ver?

Tenho certeza que você já ouviu a frase: “Solte a criança que existe dentro de você….”, Já ouviu né? Pois é! É exatamente o que um artista faz quando está vivendo uma personagem sabia? Não há como fugir do contato com nossa criança interna, mesmo que seja uma personagem adulta, vilã. Em todo o processo de criação é fundamental olhar para dentro de nós, e buscar aquela pessoa que iremos interpretar, ela está lá, acenando para nós, e essa viagem nem sempre é confortável, porque muitas vezes, ou na maioria delas, ou mesmo em todas elas, precisamos acessar memórias doloridas que não gostaríamos de mexer. Porém, não há outro caminho. Para ser um artista brilhante, ou encaramos nossas sombras ou é melhor escolher outra profissão. Dessa forma, em certo aspecto a arte nos cura. Ok, até aí tá tudo certo, e talvez eu ainda não tenha te convencido que exista sim uma artista dentro de você, porque você não é atriz, ou escritora, ou pintora, ou musicista, nem tampouco dançarina.

Se a arte proporciona a recuperação do nosso senso de identidade, e um artista, que é um ser humano como você consegue, você também é capaz disso. E é claro que treinamos para isso. Touché! Isso implica em dizer que você também pode “treinar” para  resgatar sua criatividade e a essência pueril daquela menina que você foi, mesmo sendo uma adulta. O que te proporcionaria uma vida mais feliz e independente. Livre de calabouços mentais, que te limitam e bloqueiam sua vida. Tá, mas e para que você faria isso? Ora, para voltar a acreditar em si mesma. É uma boa razão para você? Perdemos a confiança em nós mesmas, porque aprendemos a desacreditar dos nossos sonhos mais profundos, por razão de que crescemos ouvindo que não há tempo para sonhar, ou que nosso comportamento não é adequado, somente porque disseram que assim é. E aí vamos adultecendo e sufocando nossa criatividade, aquela que era tão linda quando éramos crianças, mas que quando adultas se torna nosso cárcere e motivo de doenças de todos os tipos, desde físicas, mentais , emocionais e espirituais.

Contudo, aquela criança permanece dentro de nós. Esmagada, escondida e com medo. Mas berrando para sair. O que acontece é que a gente se desconectou dela devido à tantas críticas, julgamentos e repressões, mas isso não quer dizer que ela não está latente em nós, certo? E não há criança que não seja criativa. Todas são incrivelmente criativas. Então, temos dois problemas: além de suprimirmos nossa criança interior, também reprimimos nossa criatividade. E que vida a gente leva por conta disso tudo não é mesmo? Infeliz, ansiosa e sem graça. A gente tenta fingir que não é assim, driblando a verdade e enganando o coração, mas no fundo a gente sabe que é assim, sim. Esconder isso não ajuda em nada. Pelo contrário! Só piora. Posto isto, fica claro que uma hora nossa alma vai gritar tanto dentro da gente para que sua vontade seja feita, que não haverá outro caminho que não seja o autoconhecimento, e podemos pode fazer isso através do despertar do nosso potencial criativo, rompendo esses bloqueios originados pelas mentiras que nos contaram sobre nós.

Pera lá, se essa criança ainda está dentro de nós e nossa criatividade está enrustida, é possível resgatá-las. Bingo! Está vendo? Você é uma artista e é criativa. Entretanto, não confiamos na nossa criatividade e por conta das nossas crenças e padrões mentais acabamos por rir quando alguém diz para “Deixarmos nossa criança sair”. E porque? Pelo motivo de que temos medo de passar por ridículos e idiotas, e mais, nos tornamos vulneráveis. Um ator sempre fica vulnerável ao entrar em contato consigo mesmo profundamente com o intuito de encontrar dentro de si a personagem que precisa sair e brilhar. Esse é o processo. E quem não quer passar pelo processo, não tem como querer resultados satisfatórios. A dor nos torna extraordinários.

Portanto, pode-se dizer que também somos personagens de nós mesmos, mas não somos nós mesmos, quer dizer, vivemos de máscaras sociais, porque para sobreviver neste mundo fomos ensinados a acreditar que é necessário interpretar uma personagem. Todavia eu te pergunto: até quando a gente aguenta viver de mentiras? Até quando conseguimos negar o chamado da nossa alma? Se libertar dessas cadeias emocionais na qual nos encarceraram, é uma arte. Portanto, iniciar o processo de cura e libertação é uma arte. Eu não disse que existe uma artista aí dentro de ti?

Nos primeiros momentos de recuperação da nossa “sanidade” pode dar a sensação de que estamos ficando loucas, e saiba que isso é normal, afinal  estamos curando nossas feridas. E à medida que vamos ganhando força, também aumenta a insegurança e uma vontade imensa de voltar e ficar lá na nossa escuridão. Isso também é um processo normal na cura porque vamos aprendendo a lidar melhor com os sintomas da nossa recuperação. Isso significa claramente que estamos “ficando sãs”.

Enfim, você já percebeu como a arte também é uma ferramenta de autoconhecimento e cura interior, na qual nós  mesmas temos acesso. E isso é devido ao fato de que todos nós nascemos para a felicidade, afinal ela é um direito divino concedido ao ser humano,  mas nos enganamos com o conceito de felicidade no meio do trajeto porque damos ouvidos ao que nos é externo e ao ego.   Enfim, eu fiz essa introdução para convidar você mulher que está procurando se reconectar consigo mesma com o intuito de desmistificar a sua sexualidade e ir em busca da sua liberdade, a participar da oficina de teatro para mulheres que eu criei e  vou ministrar em São Paulo no fim do mês.

Vou colocar aqui um resumo do que é a oficina e todas as informações sobre como participar desse trabalho lindo e transformador. Olha só!

Oficina de Teatro Mulher- Que Território Sagrado é Esse? é voltada para mulheres que estão buscando sua essência, sua  verdade. É para aquelas que estão retomando a conexão consigo mesmas, ou seja, voltando para casa. Nesta oficina de dois dias, a mulher terá a oportunidade de, por meio do teatro, aguçar sua percepção para a escuta do seu corpo dentro do contexto de exercícios propostos, e de trazer à tona toda a potência criativa e feminina que reside em toda mulher, mas que é, muitas vezes, cerceada por uma sociedade que aniquila mulheres. No primeiro dia, trabalharemos o corpo feminino, seus silêncios, seus vazios, em propostas cênicas focadas na linguagem corporal apenas, entendendo que território sagrado é esse e do quanto ele vem se permitindo ser quem é. Do quanto ele ainda carrega suas dores e delícias. O primeiro dia, apesar da proposta de troca com outras mulheres, tem como objetivo, o olhar para si, para dentro, a busca por si mesma, para depois olhar para fora. No segundo dia, partiremos para a verbalização desses corpos, onde os exercícios propostos instigam cenas potentes e trocas cênicas embasadas na potência adquirida por esses corpos no primeiro dia. No segundo dia, a mulher é observadora de si mesma, agente e dona da sua própria vontade dentro do contexto de exercícios cênicos propostos. É muita potência feminina junta. Mas, o mais importante a se enfatizar aqui é que todo o trabalho será voltado para quebra de tabus acerca da sexualidade feminina. É fundamental participar dos dois dias, porque um é continuidade do outro.

Se você se interessou e quiser participar, é só entrar em contato pelo telefone (21 -98293-1080- indicado na imagem) para fazer a sua inscrição e participar dessa egrégora linda de cura feminina. As inscrições já estão abertas.

Te espero lá.

Um beijo.

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Alíne.

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