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O meu desafio com a autoestima.

                    Entenda o que realmente Importa!

Por Andreza Justino.

Olá deusas maravilhosas,

O texto de hoje é um depoimento pessoal sobre minhas próprias sombras, sobretudo que me fez ser quem sou e tudo que me desafia todos os dias para me manter firme em meus propósitos, instintos e naquilo que realmente estimo.

Vou começar do início, quando eu era apenas uma observadora inquieta, mas muito atenta aos detalhes à minha volta. Quinta filha de um casamento comum, entre pessoas simples e aparentemente descomplicadas. Minha mãe não tinha o hábito de tirar um tempo para si, não usava roupas que a valorizavam, muito menos perfume ou maquiagem. Minhas irmãs mais velhas, no entanto, tinham algo que eu via como diferente: cuidavam do cabelo, eram atentas ao penteado e frequentemente faziam misturas de produtos, momentos que sempre vinham acompanhados de risadas e muita conexão através do toque.

Cresci e, em meio a tudo que observei, também vieram alguns ensinamentos. Meu pai dizia para soltar o cabelo quando fosse tirar uma foto. Minha mãe sempre falava: “Não vá trabalhar sem batom”. Mas, ainda assim, eu não me sentia estimada. O que seria, então, essa tal “autoestima”? Precisei de vários ciclos para entender a minha própria visão de estima e como usá-la de forma que me fizesse bem.

Confesso que não foi fácil. Eu não sabia como era se sentir bonita e, por isso, uma busca incansável se instalou em minha jornada. Eu procurava algo que nem ao menos sabia o que era. Afinal, encontrar uma agulha no palheiro parecia mais fácil, porque ao menos sabemos o que é uma agulha. Naquele momento, meu dilema era saber o que exatamente eu estava buscando. Mas, na ignorância das minhas próprias cobranças e críticas, percebi que estava buscando apenas o “como”.

Talvez você já tenha passado por isso ou esteja passando. Eu fazia tudo o que precisava ser feito: acordava pela manhã, me olhava no espelho e repetia palavras afirmativas, cuidava da pele, fazia um penteado antes de encarar um longo dia de trabalho. Deusas, acreditem, eu fazia tudo isso! Usava salto, procurava me vestir sempre bem, mas, dentro de mim, havia um vazio. O famoso caos. E, com o tempo, esse vazio falava mais alto. A vontade de encarar o espelho e me arrumar diminuía drasticamente. O esforço me deixava sem energia.

Quadro de depressão? Talvez sim, se eu tivesse permanecido mais alguns anos nessa jornada, lutando contra algo que eu nem sabia o que era. Foi quando me separei pela segunda vez que comecei a me enxergar de forma diferente. Percebi que tudo o que eu fazia era para agradar os outros, e, para mim mesma, era apenas um esforço mecânico. Eu não sabia o porquê de fazer tudo aquilo. Apenas sabia o “como”. Lembra?

Foi aí que comecei a entender o que realmente era importante para mim. Percebi que o sentimento por trás de tudo o que eu estimava estava sendo ignorado. Descobri que sempre estimei ser observadora. Eu amava ver minha mãe através das minhas lentes. Havia beleza no comportamento dela. Não faltava nada, porque ela se sentia bem com sua rotina. Eu também sempre estimei o toque, porque ele conecta, transmite uma mensagem e nos permite sentir tudo sem a necessidade de uma única palavra. E foi assim que descobri onde estava a força da minha autoestima. Descobri o que era importante de verdade. Sinceramente? Eu aprendi a me amar naquilo que realmente estimo. Sentir isso me trouxe um verdadeiro bem-estar.

E se alguém me perguntar: “Mas você não se cuida? Não faz skincare? Não se veste bem e confortável?” Sim, eu faço. Mas essas ações são apenas o caminho, não o objetivo. Assim como o propósito deste relato é fazer você entender que não importa o caminho que escolhe para elevar sua autoestima. O que vai te manter firme e bem é saber o que você realmente estima.

Eu estimo minha sensação de bem-estar depois que tiro um tempo para mim. Amo perceber que meu sorriso pronto para encarar um novo dia e como isso inspira minha filha a sentir o mesmo. Amo meus momentos de toque, porque isso me conecta com minha essência. E, o melhor: me traz bem-estar.

Então, se você está buscando elevar sua autoestima, comece entendendo o que realmente estima em você, na sua jornada e em tudo que faz.

Eu estimo ser uma comunicadora. Eu estimo ser a mãe que me tornei. Eu estimo minha capacidade de resolver problemas dentro e fora do meu relacionamento. Eu estimo saber que posso desenvolver qualquer habilidade que eu entender ser necessária para atingir meus objetivos.

Agora é a sua vez. Pense com carinho no que você estima.

Grande abraço.

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Andreza Justino.

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