Essa entidade anarquista que vos fala…..
Por Cigana Carmem.
Minha amada leitora,
Fique à vontade para me chamar de comunista. Até porque sou mesmo. Me considero sim uma entidade a favor da diversidade, da liberdade e do amor. E entenda por amor, o verdadeiro amor. Aquele que Deus nos ensinou, sem julgamentos, sem ego. Não o “amor” da moral religiosa que só considera o amor condicionado ao que essas instituições julgam como verdadeiro. Não vou nem mencionar aquele amor que mata porque usa o nome de Deus para defender o uso de armas. Até porque, um insulto como esse vai na contramão de um dos mandamentos de Deus, que é: “Não matarás”. E não é: ….”não matarás desde que…”, essa prerrogativa não existe no mandamento. É não matarás e pronto. Ou seja, não se pode matar em nenhuma circunstância. Dessa forma, alegar que se posicionar a favor do armamento é para “defender a família”, não é. Sabe o que é isso minha querida? É patrocinar injúrias contra Deus. Logo, quem acredita que reforçar ideologias como essa, com a infame premissa de ser pessoa de bem, está, certamente cometendo sacrilégios. Essa sou, quando se trata de narcisismo religioso.
Então, dá para concluir que nossa conversa de hoje será profunda, complexa, e ácida. Ou melhor, ardida para alguns. Apenas para as pessoas que vivem no milênio passado, e que ainda cultivam pensamentos retrógrados e preconceituosos. Será desconfortável e incômodo para as hereges que ousam colocar na boca o nome de Deus para justificar as atrocidades que cometem, tais como homofobia e misoginia. Sem falar nas tantas outras malignidades que os “cidadãos de bem praticam”.
Pois bem. Quero te fazer a seguinte pergunta: você já parou para pensar que Deus não tem nada a ver com religião? Você pode até ficar chocada com o que te perguntei. Mas, te convido a raciocinar comigo e para isso, te instigo a imaginar a seguinte situação: Suponhamos que todas, absolutamente todas as religiões não existissem mais, Deus continuaria existindo, certo? E, você, continuaria acreditando em Deus, certo? Certo. Sua fé em Deus diminuiria por conta disso? Espero que sua resposta seja não. Logo, Deus não tem nada a ver com religião, compreende? A religião, tão somente é uma invenção cristã para validar conceitos pessoais e fundamentar preceitos de coersão da moral e da subjetividade humana.
Além disso, tem uma outra problemática que eu faço questão de colocar aqui. Uma vez que, religião é apenas um protocolo fajuto para usurpar o livre pensamento das pessoas, o que, de verdade, a religião fez por você, a não ser enfiar na sua cabeça que existe um Deus que pune, que castiga e que se você não fizer o que a religião quer, esse Deus vai te castigar? Ou seja, mentiram para todas nós e nós seguimos cometendo injúrias contra nós mesmas por conta de tamanho despautério. Inclusive te desafio com o seguinte “tapa na cara”: se um dos mandamentos de Deus é CLARAMENTE “ NÃO MATARÁS”, com que argumento as instituições religiosas ocidentais mataram milhares e milhares de pessoas queimadas nas fogueiras da inquisição ou enforcadas em praça pública? Colocando Deus no meio de atitudes que Ele mesmo abomina? Me diga: quem foi que autorizou as igrejas a matar essas milhares de pessoas, e principalmente mulheres? Deus é que não foi, concorda? Afinal, ele mesmo deixou bastante óbvio seu ensinamento. Pois é! Portanto, se realmente as igrejas não existissem mais, o que você acha que aconteceria? Talvez, você me diga que, apesar de tudo poderia ser pior, uma vez que muitas pessoas que agem de maneira violenta, terminam se convertendo quando se ligam à alguma dessas instituições. Aí eu te pergunto: “Será mesmo que seria pior”?
Como poderia ser pior se são as religiões que nos ensinam o medo, o pecado, o julgamento e inverdades como “garantir um lugar no céu”, por meio da obediência cega e da servidão moral? Ora, se Deus é o maior defensor do livre arbítrio, como poderia ele aceitar a subserviência moral a que as igrejas submetem seus fiéis? É um contrassenso e ninguém parece questionar absolutamente nada disso. Ou nem ousa fazê-lo, como se fosse o próprio Deus o autor de barbaridades como essas.
Então, se ser a favor do amor divino é ser comunista, eu sou e serei pela eternidade. O que nunca vai me convencer é a mentira moral e o que jamais vai ultrapassar qualquer barreira da minha subjetividade é imoralidade humana quando se trata de poder e ambição veladas. E você? Quer continuar acreditando em que verdade?
Pense nisso, e a gente se encontra na próxima semana.
Um afago,
Cigana Carmem.