Search
Close this search box.

Os Efeitos Disfuncionais de Alimentação e Autoimagem em Homens.

Fonte de Imagem: Freepik

                          As Minorias Devem ser Abraçadas em Todos os Aspectos.

Por Gabriela Chepluki de Almeida.

Fonte de Imagem: Freepik

Olá, pessoa que me lê. Se esta é sua primeira vez aqui, eu te honro e te saúdo, e se você já está comigo desde o nascimento da voz desta revista revolucionária, te dou as boas-vindas mais uma vez! A Mais Minha do que Nunca tem um compromisso leal e assumido com o Sagrado Feminino, e com todos os aspectos que, de alguma forma, estão presentes na vida das mulheres. Porém, é óbvio, e não se precisa de muito intelecto para saber disto: se você é homem, você também é excepcionalmente bem-vindo!

E não só nisto, o conteúdo aqui apresentado tem grande valia para você, seja porque você se identifica, seja porque você tem este comprometimento lindo de entender a mulher eu seus vastos aspectos e horizontes. E é por isto que hoje, resolvi saudar meu público de uma forma diferente, não me voltando exclusivamente às mulheres, por mais que a premissa maior seja, e sempre será predominantemente falar para elas, por uma gama de fatores que só é possível de se entender acompanhando continuamente os nossos ensinamentos e reflexões como colunistas.

Escolhi o dia de hoje para ressalvar a sua importância. Sim, a revista é feminina, seu público são as mulheres, mas não se sinta espantado! Existe todo o sentido em você ser homem e estar aqui! Primeiro, porque o conteúdo (neste momento tomo a prudência de se referir à minha coluna) é independente disto. Por mais que as tratativas aqui propostas sejam permeadas da minha opinião individual como pessoa, ainda assim ela é pautada nos fatos científicos constantemente mencionados, quando falo de assuntos de origem científica.

Portanto, por mais que o projeto maior seja de viés feminino e voltado às mulheres, o fato do nosso rico conteúdo poder ajudar um ser humano, já é por si só satisfatório, pois com este resultado, sabemos que estamos abrindo visões e incentivando caminhadas individuais!

Afinal, onde estou querendo chegar com toda esta prosa? Você deve estar se perguntando.

Vamos retomar o assunto basal da coluna.

Se você entrar agora no Google Acadêmico ou em alguma revista de nutrição, psicologia ou saúde geral, procurando por um artigo científico, até mesmo em algum livro ou material cientificamente imparcial, e procurar pelas palavras chaves correspondentes a transtornos de alimentação, crises de autoestima e autoaceitação, distorção de imagem, privação ou compulsão alimentar, autopunição imposta pelo terrorismo de um ideal corporal e alimentar a ser seguido, sim, o resultado que você vai encontrar é que todos estes acometimentos afetam predominantemente as mulheres.

Pode ser que a amostra seja composta de mais mulheres que homens, e pode-se também levar em conta que mulheres são mais “emocionais” e homens mais “durões”, menos suscetíveis a admitir uma fragilidade (o que, obviamente, jamais comprometeria sua força e seu valor como homem, mesmo que isto seja muito difícil de entrar na cabeça de um), ou seja, o fator rigidez podendo afetar de maneira direta na veracidade de uma resposta durante um estudo científico (isto é uma hipótese par agora, sem comprovação nenhuma). Mas, ainda com estes fatores para margem de erros, distorções e justificativas, é fato, as mulheres são as que mais sofrem com as conseqüências negativas desta abrangência anteriormente citada.

Você consegue detectar o fator implícito por trás desta alegação? Compartilhei com você a informação de como elas são as mais suscetíveis e afetadas, mas sim, nestes dados, mesmo que em menores proporções, os homens estão presentes.

Afirmo que aqui é um espaço de liberdade de idéias, mas jamais de repressão, soberania, imposição ou qualquer intenção de silenciar. Nós sabemos a sujeição que nós, mulheres, já tivemos que sofrer, e que ainda sofremos, por conta do patriarcado, do machismo, da sua objetificação e sexualização, da maneira como são obrigatoriamente incumbidas de competirem umas com as outras sobre quem será mais atraente, sobre quem irá merecer receber o amor por oferecer mais vantagem, conveniência e obediência, e sabemos a forma misógina como já fomos vistas e tratadas ao longo da história. Falando de fatos, história e comprovações, sim. A mulher carrega mais motivos para estar sujeita a todos os sintomas psicológicos e alimentares anteriormente citados do que os homens.

Mas, ainda assim, mesmo com todas estas situações atingindo mais e mais pessoas, e mesmo que estejamos aqui lutando contra todas elas para desmitificá-las e abraçar as mulheres, não faria nenhum sentido negar aos homens que são atingidos pelos mesmos males, o mesmo abraço, no mesmo calor e na mesma motivação. Sim, homens sofrem transtorno alimentar, crise de autoestima, distorção de imagem, porque também estão suscetíveis ao medo de não serem aceitos e amados. E sim, a necessidade de ter suas falhas abraçadas é tão fundamental quanto à nossa, das mulheres.

Esta revista é e sempre será voltada à energia feminina, tem grande viés espiritualista, artístico, e desconfortante. Esta última palavra é dita com grande orgulho, por traduzir o nosso objetivo maior de falar aquilo que ninguém tem coragem de dizer, de exercer a ousadia de espalhar a verdade. Mas, você que é homem, convive com mulheres, se relaciona com elas, e é lindo e nobre que você esteja aqui entendendo que tipo de conhecimento elas procuram por fazer sentido e alimentar sua alma, é libertador saber que você tem a intenção de contribuir para o desenvolvimento da nossa autonomia e liberdade. Com certeza, não só pelo fator de se manter informado, mas de ter para si uma luz na hora de decidir quais iniciativas irá tomar conosco a partir de agora, de validar e valorizar a nossa voz, fazendo isto ativamente quando está se nutrindo das nossas idéias e pontos de vista.

É por isto, pelo fato de você estar aqui, que eu fiz questão de dedicar a reflexão desta quinta-feira para você. Nós, mulheres, sabemos que não é fácil se manter com o semblante da força a todos os momentos, impedido de vacilar. E agora sabemos, inclusive, que todo tipo de problema que uma mulher pode enfrentar você também pode. E isto não te torna menos homem, apenas te torna humano.

Quando você perceber que está imerso em alguma situação deste tipo, eu espero do fundo do coração que você se lembre daqui e de agora, de quando uma mulher aceitou e abraçou suas dores e te lembrou de que nós não somos inimigos de sexualidade biológica, e sim, companheiros eternos de vida com a nossa experiência em comum de seres humanos.

Convidamos você, homem, a ser abraçado, e a partilhar do processo de evolução pessoal de todos os dias! No meu caso, de todas as quintas-feiras quinzenais.

Espero que o que pode ter ficado de maus entendidos seja ressignificado, e que você, mesmo que não tenha seu pronome chamado ao longo do conteúdo da coluna, saiba e sinta que eu estou também me dirigindo a ti, tanto em palavras como nos gestos profundos de desejar que você se cure, e seja capaz de ter mais entusiasmo pela vida.

E, evidentemente, espero te ver dentro de quinze dias. Sempre há muitas coisas para dizer, mas precisamos compreender que somos impotência e não onipotência, portanto, precisamos falar de um núcleo por vez.

E você, leitora amiga, também pôde aprender. Nós mulheres temos permissão de exercer nosso lado emocional muito mais do que os homens. Quem sabe a nossa conversa de hoje não contribuiu para a mudança da nossa visão e comportamento sobre isto.

Do mais profundo desejo da minha alma, espero vê-los todos aqui, no mesmo prazo e esquema que vocês estão começando a se familiarizar.

Para mim, a nossa interação se tornou um fator essencial. Espero até o momento que a exerçamos mais uma vez.

Anúncio
Anuncio305x404

Com amor, Gabi.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *