O grande abismo entre o que a sociedade quer e o que você pode escolher viver!
Por Andreza Justino.
Quando os filhos chegam, tudo muda. O que antes era um mundo a dois, repleto de promessas, risadas e momentos de cumplicidade, dá lugar a noites mal dormidas, agendas apertadas e um amor que parece ter encontrado um novo foco. É como se, de repente, o amor que você e seu parceiro compartilhavam fosse colocado em segundo plano. Talvez você tenha sentido isso. Talvez tenha se perguntado: Para onde foi aquele olhar?
A sociedade não facilita. Ela exige que sejamos pais e mães perfeitos, doados por completo aos filhos, sempre disponíveis, sempre exemplares. É uma cobrança velada, mas implacável. E na busca por atender essas expectativas externas, muitas vezes nos abandonamos. Deixamos de lado nossas vontades, nossos desejos, nossos próprios projetos e até mesmo quem éramos antes. E nesse movimento paramos de olhar para o outro, aquele que escolhemos para compartilhar a vida se torna um desconhecido.
A desconexão não acontece de um dia para o outro. São pequenas coisas. Uma conversa que foi interrompida pelo choro do bebê. Um jantar a dois que nunca aconteceu porque os compromissos não permitiram. Uma sensação crescente de que algo está faltando, mas sem tempo ou energia para entender o quê.
E assim, muitos casais se perdem. Sem saber como resgatar a parceria, acabam acreditando que a separação é a única solução. É um ciclo que parece se repetir, quase como uma herança invisível passada de geração em geração. Mas será que precisa ser assim?
Sim, a chegada dos filhos nos transforma. Não há como negar. Mas o poder de decidir como viver essa transformação é inteiramente nosso. Podemos permitir que as mudanças nos afastem ou usá-las para fortalecer os laços.
Tomar consciência desse processo é o primeiro passo. Olhe para si mesma, para o parceiro, e para tudo que vocês construíram juntos. Será que o amor próprio precisa se perder? Ou será que ele pode se redescoberto?
Viver a maternidade de forma leve e evolutiva é possível. É uma escolha. Uma escolha que começa com a coragem de olhar para dentro e para o outro, e dizer: Nós podemos fazer diferente.
O amor não precisa desaparecer com a chegada dos filhos. Ele pode se transformar, se expandir, e, acima de tudo, ser uma força que conecta e fortalece, mesmo nas adversidades.
E você? Se Sente pressionada pela sociedade ou entendeu que é você que escolhe qual mulher você vai se tornar depois da maternidade?
com carinho,
Andreza Justino.