Por Andreza Justino.
Queridas Deusas Maravilhosas,
É comum ouvirmos relatos sobre como, depois de oficializar um relacionamento ou começar a viver juntos, a dinâmica principalmente sexual do casal muda. Muitos atribuem isso ao tempo, à rotina, ou até à correria do dia a dia, mas uma realidade se destaca: a queda na busca pela exploração da própria sexualidade.
O que antes era motivo de curiosidade e descoberta, com o passar do tempo, se transforma em algo secundário. Entramos em uma espécie de piloto automático, assumimos papéis diferentes e esquecemos de revisitar esse espaço tão importante para o desenvolvimento pessoal e do relacionamento.
A exploração da sexualidade, que antes era um campo aberto para experiências e sensações novas do casal, vai perdendo lugar para as pressões e demandas da vida cotidiana.
Compromissos, responsabilidades financeiras, e até desentendimentos que não foram resolvidos acabam invadindo a intimidade do casal. Aos poucos, as preocupações do dia a dia começam a serem levadas para a cama e, com o tempo, a conexão sexual se fragiliza.
Essa realidade afeta muitos casais, mas é importante ressaltar: Se você se identificou com essa situação, ela não precisa ser um fardo. Ainda que tenha seguido o fluxo natural da vida a dois. Assim que tomamos consciência desse cenário, temos a oportunidade de fazer diferente.
É preciso primeiramente entender que, o que muitas vezes passa despercebido é que a exploração da sexualidade não é apenas uma forma de prazer físico, mas também uma fonte de energia emocional, criativa e vital para a saúde do relacionamento.
Há uma conexão muito forte entre o físico e o emocional quando o assunto é sexualidade.
Quando nos permitimos explorar esse campo ela não precisa ser um peso. Com nossos parceiros, ativamos não apenas hormônios responsáveis pelo bem-estar, como a dopamina, mas também fortalecemos o elo emocional que nos une. É nesse momento de intimidade que nos reconectamos com a essência do outro, e isso transcende o simples toque físico. É algo que revitaliza a relação, trazendo novas energias, ideias e uma sensação renovada de companheirismo.
Por outro lado, quando negligenciamos essa parte do relacionamento, criamos uma distância que pode se tornar cada vez maior com o passar do tempo. Isso não significa que o desejo vai embora, mas que a prioridade de mantê-lo vivo muitas vezes é deixada de lado. E tudo aquilo que não é visto, não é lembrado.
Resgatar essa conexão exige uma escolha consciente. Não se trata apenas de “voltar a fazer”, mas de redescobrir a importância da sexualidade como um componente essencial do relacionamento. E isso começa com pequenos gestos: conversas sinceras, momentos de cuidado mútuo e a redescoberta de prazeres compartilhados.
A sexualidade é uma ponte que nos conecta de forma profunda, alimentando tanto o corpo quanto a alma. E quando mantemos essa chama acesa, criamos um ambiente propício para que nosso relacionamento floresça em todas as áreas.
Afinal, uma relação saudável não se resume às responsabilidades e desafios do dia a dia, mas também à capacidade de compartilhar momentos de intimidade, troca e entrega.
Se você sente que essa parte da sua vida a dois, ficou em segundo plano, não desanime. Tenho uma boa notícia, é possível retomar esse caminho. Use um diálogo aberto, paciente e uma disposição para explorar novamente essa parte tão vital da relação, e você pode transformar a intimidade em uma fonte constante de renovação. Porque a sexualidade é, antes de tudo, uma celebração da conexão entre dois seres que escolheram caminhar juntos, e isso é algo que merece ser cultivado todos os dias.
Pensem nisso como uma oportunidade de primeiramente se conhecerem e o restante acontece com mais fluidez do que você imagina!
Com carinho,
Andreza Justino.