Quanto você tem se orgulhado de si mesma?
Por Cigana Carmem.
Minha querida leitora, amada
Já estamos no fim de janeiro de 2025. Passou voando não é mesmo? Você sabe que o tempo passar rápido não é acaso não é mesmo? Aliás, nada é por acaso na vida. Conversamos sobre isso várias vezes. É realmente o universo acelerando os acontecimentos para a chegada da nova terra, a 5ª dimensão.
Aqui, hoje, está um lindo dia de sol. Alíne sentou na janela para conversar comigo sobre o que iríamos escrever para a coluna essa semana, e a inspiração veio quando avistou uma cena da janela do quarto dela que acendeu a luz da criatividade. Conseguiu avistar uma saveiro cujo bagageiro estava abarrotado de latas de cerveja. Em determinado momento a saveiro arrancou e as cervejas caíram na rua. Quando o motorista de deu conta do acontecido, estacionou onde pode e voltou para buscar as cervejas. Ocorre que a essa altura, muitas pessoas já tinham saqueado as latas de cerveja e saíram zombeteiramente rindo do motorista. Isso a fez recordar de outra situação lamentável. Alíne, como vocês sabem , é atriz. Certa vez ela estava gravando uma série de TV e dividia o quarto de hotel com outra atriz, em outra cidade. No quarto haviam diversos enfeites femininos de decoração que, estava claro, não era para ser levado. A atriz que dividia o quarto com ela, simplesmente pegou o adorno e levou embora proferindo: “Ninguém tá vendo, vou levar”.
Essas duas situações foram um prato cheio para a nossa conversa de hoje. Em ambas as situações houve roubo certo? Você pode até dizer: “Ah, mas a cerveja caiu no chão. É roubo porque?” Sim, é roubo. Em primeiro lugar porque as pessoas viram de onde vieram as latas de cerveja, logo não pertenciam a elas, portanto, pegaram algo que não lhes pertencia conscientemente. Contudo, o que é mais reprovável nesse comportamento é o fato de que aquelas pessoas se sentiram orgulhosas dos seus atos. Então, eu te pergunto: Como você lida com sua consciência?
No outro caso, o da moça que surrupiou o adorno do quarto de hotel porque “ninguém estava vendo”, também configura roubo e ela tratou como uma banalidade o próprio ato. Como você age quando “ninguém está vendo”? A indagação que quero fazer é: você é ninguém? Não né? Logo, você está vendo. Isso não basta para você? A sua consciência não é suficiente para que você não faça o que é errado? Convido você a se perguntar se você é o tipo de pessoa que tem a necessidade ou o mau hábito de tirar proveito de situações para se sentir bem. Se pergunte se você costuma pegar uma bala que não é sua com a justificativa de que “Ah! É apenas uma bala”. Ou você acredita que levar algo que não é seu de um hotel só porque você está pagando é uma atitude correta?
Infelizmente, esse tipo de comportamento configura falta de caráter. Entenda uma coisa minha querida leitora: quem tem caráter age da mesma maneira tendo ou não alguém “vendo”. Ou seja, uma pessoa de caráter, mesmo tendo a oportunidade de se aproveitar, tendo ou não pessoas ao seu redor, ela age da maneira correta. Vou simular uma circunstância. Imagine que te coloquem numa sala com uma mesa cheia de dinheiro. Ninguém te disse nada. Apenas te colocaram lá, e você está precisando muito de dinheiro. Está numa verdadeira enrascada e só muito dinheiro poderia resolver a situação. Você pegaria o dinheiro da mesa mesmo não sendo seu? Se sua resposta foi: “Sim, eu pegaria”. Sinto muito em te dizer que seus valores estão invertidos e seus maus hábitos te controlam. Veja bem, aquele dinheiro não foi parar lá “do nada”. Dinheiro não vem do nada, logo, ele tem uma procedência e um dono. Não há a menor importância se você sabe ou não de quem é. O fato é que o dinheiro não é seu. Portanto, pegá-lo é um claro sinal de desvio de conduta e de falta de caráter. E sua consciência sabe disso mesmo que nenhuma outra pessoa veja você usurpando o dinheiro e só você terá que conviver com isso o resto da vida.
Até porque, nada, absolutamente passa impune no universo. Logo mais, ali na frente a conta chega. Ainda que não seja nessa vida. Pode parecer uma grande besteira, mas acredite. Você irá reencarnar somente para prestar conta desse comportamento. Não se engane. Nada de errado fica sem consequência e sem justiça no universo, portanto, se você é daquelas que se acha esperta fazendo coisas erradas, como se aproveitar de situações, pessoas e circunstâncias, apenas esteja ciente de que em algum momento sua alma terá de dar conta disso. É, sua alma, minha querida. Você apenas está habitando um corpo temporariamente para que sua alma possa evoluir. O corpo é nada mais do que um passeio de férias.
Lidar com nossa consciência pesada é o pior cárcere no qual podemos nos sentenciar e com o qual somente nós saberemos que existe e somente nós sofreremos caladas, amarguradas. E te digo mais, se você sentir amargura, se dê por satisfeita porque é um sinal de que ainda há jeito, ainda há esperança para você. Pior mesmo é quando passamos a vida agindo como aproveitadores e nos comportamos com orgulho dos nossos atos. Aí sim, a condenação será morosa. Se você age de maneira anti-ética e não vê nada demais nisso, principalmente se valendo de argumentos como “Ah! Todo mundo faz, qual o problema”? assuma as consequências sem reclamar e saiba que em algum momento o que você tirou do outro, voltará para o outro, porque no universo ninguém tira nada de ninguém. O que é seu é seu por direito, e mesmo que te roubem, pode acreditar, o universo dará um jeito de te devolver e quem pegou indevidamente será duramente responsabilizado.
O objetivo dessa matéria de hoje, é te esclarecer como o universo funciona. Vocês humanos é que se consideram mais espertos que o universo e acham que nada lhes será cobrado. Depois, quando a conta vem drástica e cruel, ou se fazem de vítima sem entender porque “isso está acontecendo” ou imploram a Deus para sair daquela situação. E só lembram que ele existe nessas circunstâncias. Porém, nada mudará o fato de que teremos que arcar com a responsabilidade de absolutamente tudo que fizemos. E só nós responderemos por isso.
Atente para o que está acontecendo na sua vida e retroceda mentalmente analisando qual foi a atitude que teve no passado para que isso esteja ocorrendo. Sua vida atual é consequência do seu comportamento do pretérito. Procure e vai encontrar a resposta. E tenha paciência e generosidade consigo mesma ao constatar que de fato a conta chegou. A partir daí, consulte sua consciência para avaliar se vai continuar agindo da mesma maneira ou vai optar pelo comprometimento que a mudança exige. Terá paciência para consertar todos os erros? Ou pelo menos não repeti-los mais, ainda que leve muito tempo para que a real mudança se manifeste na sua vida?
Pondere se pretende continuar sentindo vergonha de si, ou prefere olhar para frente, aceitar o que passou, aprender com isso e fazer diferente, com motivo suficiente para sentir orgulho de si mesma. E não adianta se enganar, você pode tentar distrair sua mente do que fez, ou estar sempre cercada de gente para “não pensar no assunto”, mas nada vai mudar o fato de que somente você sabe o que se passa dentro de ti, e mesmo rodeada de pessoas o que você fez de errado estará lá te atormentando até que você resolva e se acerte com sua consciência. E ainda que tente e teime continuar disfarçando a verdade como “se aquilo logo fosse passar”, aí a historinha que você contou para si por muito tempo vai ficar ainda mais pesada em sua consciência. Portanto, não tarde em se resolver consigo mesma para viver leve, feliz e próspera.
Desejo arduamente que nosso papo de hoje tenha te proporcionado autoconhecimento e reflexão, e principalmente a semente da vontade de transformação.
Pense nisso e até semana que vem.
Um afago,
Cigana Carmem.